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Ghana aprova lei contra acusações de bruxaria após linchamento de mulher idosa

Ghana enfrenta uma crise de direitos humanos com linchamentos por acusações de bruxaria. Nova lei para proteger vítimas ainda não foi assinada.

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Por Revisado por: Time de Jornalismo Portal Tela
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Em julho de 2020, Mariama Akua Denteh, uma mulher idosa em Gana, foi linchada por vizinhos que a acusaram de bruxaria, o que deixou sua filha, Zeinab Mahama, devastada. Zeinab contou que, em um dia de julho, uma multidão de cerca de 90 pessoas foi à sua casa para buscar sua mãe, alegando que ela era uma bruxa. Apesar de Zeinab tentar proteger a mãe, os vizinhos a atacaram. Mariama sobreviveu ao primeiro ataque, mas foi levada novamente e, após horas, retornou em estado grave, vindo a falecer logo depois. Embora a polícia tenha investigado e algumas pessoas tenham sido presas, muitos dos agressores continuam livres. Em julho de 2023, o Parlamento de Gana aprovou uma lei para criminalizar acusações de bruxaria, mas o ex-presidente Nana Akufo-Addo não a assinou, deixando a proteção das vítimas sem efeito. A situação é preocupante, pois as acusações de bruxaria ainda afetam muitas mulheres vulneráveis no país. Amnistia Internacional e outros grupos estão pedindo ao novo presidente, John Mahama, que promova leis para proteger essas vítimas e melhore suas condições de vida.

Zeinab Mahama compartilhou a dor da perda de sua mãe, Mariama Akua Denteh, linchada em julho de 2020 em Ghana. A idosa, de aproximadamente 90 anos, foi acusada de bruxaria por uma multidão de cerca de 90 pessoas. O ataque ocorreu em sua casa, onde Zeinab tentou defendê-la, mas foi ameaçada. Mariama foi espancada e, após ser devolvida à família, morreu em decorrência dos ferimentos.

Em julho de 2023, o Parlamento de Ghana aprovou uma lei para criminalizar acusações de bruxaria, visando proteger as vítimas. Contudo, a proposta não foi assinada pelo ex-presidente Nana Akufo-Addo, deixando a situação das vítimas sem amparo legal. A lei pretendia oferecer um marco legal para processar os acusadores e garantir segurança às vítimas.

As acusações de bruxaria em Ghana têm levado muitas mulheres, especialmente idosas, a situações de vulnerabilidade. Muitas são forçadas a deixar suas casas e se refugiar em acampamentos. A Amnistia Internacional, em parceria com a Coalition Against Witchcraft Accusations (CAWA), está promovendo uma campanha para exigir a implementação de leis que criminalizem essas acusações e melhorem as condições de vida das vítimas.

Zeinab continua a ver os responsáveis pelo linchamento de sua mãe circulando livremente, o que intensifica sua dor. A luta por justiça e proteção das mulheres vulneráveis em Ghana permanece urgente, enquanto a sociedade enfrenta o desafio de erradicar essas práticas violentas.

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