12 de mai 2025
STF mantém prisão de lobista envolvido em esquema de venda de sentenças judiciais
STF mantém Andreson Gonçalves preso e PF amplia investigações sobre esquema de venda de sentenças no STJ, revelando complexidade maior.
Cristiano Zanin no segundo dia de julgamento na Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal sobre trama golpista (Foto: Antonio Augusto/STF)
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A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, por unanimidade, manter a prisão do lobista Andreson de Oliveira Gonçalves, envolvido em um escândalo de venda de sentenças judiciais no Superior Tribunal de Justiça (STJ). O julgamento ocorreu no plenário virtual nesta segunda-feira, doze de maio. A defesa de Andreson solicitou sua transferência para prisão domiciliar, mas o pedido foi negado.
As investigações revelam um esquema mais complexo do que se imaginava, envolvendo uma rede de lobistas, desembargadores do Mato Grosso e ex-servidores de quatro gabinetes do STJ. Andreson e sua esposa, a advogada Mirian Ribeiro Rodrigues, estão no centro da apuração. Enquanto ele permanece na penitenciária federal de Brasília, Mirian cumpre prisão domiciliar com tornozeleira eletrônica.
O relator do caso, Cristiano Zanin, destacou que a permanência de Andreson na penitenciária é necessária para garantir sua segurança. Zanin afirmou que há indícios de que Andreson tinha uma função central no suposto esquema de venda de decisões judiciais. O voto do relator foi acompanhado pelos ministros Alexandre de Moraes, Flávio Dino, Luiz Fux e Cármen Lúcia.
A Polícia Federal (PF) solicitou a prorrogação das investigações por mais sessenta dias, indicando que o esquema de corrupção é mais sofisticado do que inicialmente pensado. Os investigadores descobriram que o motorista João Batista Silva recebeu R$ 2,625 milhões de uma empresa de Andreson entre 2019 e 2023. A PF investiga a possibilidade de lavagem de dinheiro por meio de transferências para contas interpostas e saques em espécie.
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