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Conafer é acusada de fraudes em aposentadorias e aumento de descontos no INSS

Fraudes na Conafer envolvem adulteração de documentos para desviar R$ 202 milhões de aposentados. Investigação avança com depoimentos reveladores.

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Por Revisado por: Time de Jornalismo Portal Tela
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Um empresário chamado Bruno Deitos contou à polícia que a Conafer, uma entidade que representa agricultores familiares, adulterou documentos para retirar dinheiro de aposentados do INSS. Ele disse que sua empresa, Premier Recursos Humanos, foi contratada por outra empresa, a Target, para atualizar cadastros de associados. Deitos afirmou que a Conafer enviou uma lista de associados e que sua equipe deveria coletar assinaturas em formulários que seriam usados para fraudar descontos em aposentadorias. Ele também mencionou que o presidente da Conafer, Carlos Roberto Lopes, tinha ligações com diretores do INSS e que oferecia propina para alterar dados no sistema. Deitos disse que não recebeu o pagamento pelo serviço e foi ameaçado quando reclamou. A Conafer, que teve um aumento significativo nos descontos de aposentados entre 2019 e 2023, afirmou que está colaborando com as investigações. A Polícia Civil enviou as informações à Polícia Federal, que agora investiga o caso.

A Confederação Nacional dos Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares Rurais do Brasil (Conafer) é alvo de investigações por supostas fraudes nos descontos de aposentadorias do INSS. O empresário Bruno Deitos, em depoimento à Polícia Civil do Distrito Federal, revelou que a entidade adulterou documentos para retirar dinheiro de aposentados.

De acordo com Deitos, sua empresa, Premier Recursos Humanos, foi contratada pela Target Pesquisas de Mercado, que por sua vez tinha vínculo com a Conafer. O objetivo era atualizar cadastros de associados, mas os documentos coletados seriam usados para justificar descontos indevidos em benefícios do INSS. Os valores de descontos aumentaram drasticamente, passando de R$ 400 mil em 2019 para R$ 202 milhões em 2023, conforme dados da Controladoria-Geral da União (CGU).

Em seu depoimento, Deitos afirmou que a Conafer enviou uma lista de associados para que sua empresa coletasse assinaturas em formulários de exclusão de descontos. O dono da Target mencionou que o que importava era o quadro de assinaturas, pois ele contrataria outra empresa para alterar os documentos digitalmente. Deitos também relatou que, após não receber o pagamento combinado, foi ameaçado por Thiago Ferreira Lopes, irmão do presidente da Conafer, Carlos Roberto Ferreira Lopes.

Denúncias e Ações Policiais

Em um segundo depoimento, Deitos disse que o presidente da Conafer afirmou ter “domínio sobre diretores do INSS”, insinuando que pagaria propina para alterar dados no sistema. As informações foram repassadas à Polícia Federal em 2021, que agora investiga as fraudes em uma operação chamada Sem Desconto. A operação pode envolver um total de R$ 6,3 bilhões em fraudes em todo o país.

A Conafer se manifestou, afirmando que está à disposição das autoridades para colaborar com as investigações e esclarecer os fatos. O caso continua em apuração, e a Polícia Federal segue coletando evidências sobre as alegações de fraudes.

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