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Corinthians é alvo de investigação por desvio de R$ 1 milhão em patrocínio suspeito

Desvio de R$ 1 milhão do patrocínio do Corinthians para empresa ligada ao PCC agrava crise e pode resultar em impeachment do presidente.

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Por Revisado por: Time de Jornalismo Portal Tela
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A Polícia Civil de São Paulo descobriu que mais de R$ 1 milhão do patrocínio do Corinthians à Vai de Bet foi desviado para a UJ Football Talent, que tem ligações com o PCC, por meio de empresas fantasmas. O esquema envolveu transferências de dinheiro entre várias empresas, como a Rede Social Media, até chegar à UJ Football. As investigações mostraram que essas empresas eram de laranjas e tinham movimentações financeiras estranhas. O contrato de R$ 360 milhões entre o Corinthians e a Vai de Bet foi rescindido em junho de 2024, após surgirem denúncias de irregularidades. O presidente do clube, Augusto Melo, enfrenta pedidos de impeachment, e a votação sobre seu afastamento está marcada para 26 de maio. As denúncias começaram com a delação de um empresário assassinado, que afirmou que empresas estavam sendo usadas para lavar dinheiro. O Corinthians disse que não é responsável pelas movimentações fora de suas contas e que o caso está sob segredo de justiça.

Após investigações que duraram quase um ano, a Polícia Civil de São Paulo revelou que mais de R$ 1 milhão do patrocínio do Corinthians à Vai de Bet foi desviado para a UJ Football Talent, supostamente ligada ao Primeiro Comando da Capital (PCC). O desvio ocorreu por meio de uma complexa operação de lavagem de dinheiro, utilizando empresas fantasmas.

O relatório da polícia indica que os recursos foram transferidos da intermediária Rede Social Media, de Alex Cassundé, para empresas como Neoway, Wave e Victory Trading, até chegarem à UJ Football. Essas empresas estavam registradas em nome de laranjas, como uma empregada doméstica e um motoboy, e apresentaram movimentações financeiras incompatíveis com suas estruturas.

O escândalo teve início com um contrato de R$ 360 milhões entre o Corinthians e a Vai de Bet, que previa comissões mensais de R$ 700 mil para a intermediadora. O contrato foi rescindido em junho de 2024, após denúncias sobre pagamentos suspeitos. A situação agrava a crise no clube, que enfrenta quatro pedidos de impeachment do presidente Augusto Melo, sendo o primeiro relacionado ao contrato com a casa de apostas.

Delações e Consequências

As denúncias surgiram a partir da delação do empresário Antônio Vinícius Gritzbach, assassinado em novembro de 2024. Ele afirmou que empresas como UJ Football e Lion Soccer Sports eram utilizadas para lavar dinheiro da facção criminosa. Durante as investigações, Cassundé mencionou que conheceu a Vai de Bet após consultar o ChatGPT e que não recebeu pagamento por sua participação.

Dirigentes do Corinthians, como Marcelo Mariano e Sérgio Moura, negaram qualquer irregularidade, afirmando que a documentação dos pagamentos foi enviada pelo clube. Em paralelo, a fintech 2Go Bank, presidida pelo ex-policial Cyllas Elia, estava em negociações com o Corinthians para um projeto de banco oficial, que foi descartado na fase inicial.

O Corinthians declarou que não tem responsabilidade sobre movimentações fora de suas contas e que o inquérito está sob segredo de justiça. A defesa de Marcelo Mariano sustentou que ele não recebeu benefícios econômicos do contrato e agiu dentro da legalidade.

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