O tenente-coronel Mauro Cid, que foi ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, está sendo investigado pela Polícia Federal por supostas tentativas de golpe de Estado. Documentos encontrados em seu celular mostram que ele discutia uma “intervenção militar constitucional” e tinha minutas golpistas. Além disso, ele teve acesso a uma ação contra as urnas eletrônicas antes de ser protocolada. Os documentos indicam que Cid estava envolvido em planos para justificar uma tomada de poder em 2022. A defesa de Mauro Cid não comentou sobre as informações reveladas.
O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, está sob investigação da Polícia Federal por supostas tentativas de golpe de Estado. Documentos encontrados em seu celular, apreendido em maio de 2023, revelam discussões sobre uma “intervenção militar constitucional” e minutas golpistas.
A informação foi divulgada pelo site UOL, que teve acesso ao conteúdo do aparelho. Cid mantinha uma conversa consigo mesmo no WhatsApp, onde armazenava documentos que, segundo bolsonaristas, poderiam justificar uma tomada violenta do poder em 2022. O material inédito reforça as evidências de que assessores de Bolsonaro discutiram formas de garantir sua permanência no cargo.
Documentos Reveladores
Entre os documentos localizados, dois mencionam a “intervenção militar constitucional”, proposta para acionar as Forças Armadas em crises entre os Três Poderes. Essa ideia já foi rejeitada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Um dos documentos é atribuído à Escola de Comando e Estado-Maior do Exército (Eceme).
Além disso, Cid armazenou minutas golpistas. Um dos documentos, sem autoria identificada, sugere que a assinatura deveria vir de um partido político. Também foi verificado que o tenente-coronel teve acesso a uma minuta de ação contra as urnas eletrônicas, apresentada pelo PL (Partido Liberal) ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) cinco dias antes de ser protocolada.
A defesa de Mauro Cid não se manifestou sobre as revelações. Em nota, informou que o militar não irá se pronunciar por não ter tido acesso ao material.
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