O ex-presidente Jair Bolsonaro está sendo investigado por causa dos ataques de 8 de Janeiro, e depoimentos estão sendo feitos no Supremo Tribunal Federal. Na última audiência, o ministro Alexandre de Moraes interrompeu a defesa de Bolsonaro durante o depoimento do ex-vice-presidente Hamilton Mourão, dizendo que ele não poderia opinar sobre a organização dos atos. Mourão foi a primeira testemunha a ser ouvida, seguida por outros membros das Forças Armadas. O comandante da Marinha e o ex-ministro da Defesa também depuseram. Um coronel do Exército comentou que ficou surpreso ao saber dos ataques após um jogo de vôlei. Além disso, um ex-membro da Agência Brasileira de Inteligência falou sobre a atuação de um deputado em investigações de espionagem. As audiências continuam e são importantes para as investigações sobre os eventos de 8 de Janeiro.
BRASÍLIA – O ex-presidente Jair Bolsonaro enfrenta investigações relacionadas aos ataques de 8 de Janeiro, com depoimentos sendo colhidos no Supremo Tribunal Federal (STF). Nesta sexta-feira, 23, o ministro Alexandre de Moraes interrompeu a defesa de Bolsonaro durante o depoimento do ex-vice-presidente Hamilton Mourão.
O advogado Paulo Cunha Bueno questionou Mourão sobre a possível orquestração dos atos, mas foi prontamente interrompido por Moraes. O ministro destacou que “a testemunha não é um perito” e não poderia emitir conclusões. Mourão foi a primeira testemunha ouvida na audiência, que também contou com depoimentos de outros membros das Forças Armadas.
Depoimentos Cruciais
Além de Mourão, o comandante da Marinha, Marcos Sampaio Olsen, e o ex-ministro da Defesa Aldo Rebelo também foram convocados para depor. O coronel Waldo Manuel de Oliveira Aires, do Exército, mencionou que ele e o general Walter Braga Netto souberam dos ataques após uma partida de vôlei em Copacabana, expressando surpresa com os eventos.
Na parte da manhã, Carlos Afonso Gonçalves Gomes Coelho, ex-membro da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), também prestou depoimento. Ele foi questionado sobre a conduta do deputado federal Alexandre Ramagem, ressaltando que Ramagem teve uma “conduta proativa” na investigação de irregularidades relacionadas ao uso de dispositivos de espionagem.
A audiência continua a reunir informações cruciais sobre os eventos de 8 de Janeiro, enquanto as investigações em torno de Bolsonaro seguem em andamento.
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