A violação do direito internacional por países como os EUA, Rússia e Israel é uma preocupação constante, com a Corte Penal Internacional (CPI) e a Corte Internacional de Justiça (CIJ) tentando agir, embora muitas vezes de forma seletiva. Recentemente, a CPI emitiu ordens de prisão contra líderes israelenses, incluindo o primeiro-ministro Netanyahu, por crimes de guerra. Ao mesmo tempo, a CIJ declarou ilegal a ocupação israelense e pediu a entrada de ajuda humanitária em Gaza. Essas ações surgem em um contexto onde, historicamente, as grandes potências frequentemente desrespeitam normas internacionais, como demonstrado nas invasões do Iraque e da Ucrânia. Apesar das tentativas de responsabilização, como a ordem da CIJ para a Rússia suspender suas operações militares e a acusação contra Putin, a aplicação do direito penal internacional tem sido desigual, muitas vezes focando em líderes de países menos poderosos. A CPI, por exemplo, até recentemente, só havia processado africanos. No entanto, a situação em Gaza, marcada por uma resposta militar severa de Israel, levou a uma mudança. A CPI, sob pressão internacional, agora busca responsabilizar líderes israelenses, o que gerou reações negativas de políticos americanos e uma defesa da CPI por parte de alguns países. Apesar disso, muitos países ocidentais ainda hesitam em agir contra Israel, mostrando um padrão de apoio que dificulta a aplicação efetiva da justiça internacional.
Recentemente, a Corte Penal Internacional (CPI) emitiu ordens de prisão contra líderes israelenses, incluindo o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, por crimes de guerra. A Corte Internacional de Justiça (CIJ) também declarou ilegal a ocupação israelense e exigiu a entrada de ajuda humanitária em Gaza. Essas ações refletem um contexto de crescente preocupação com a violação do direito internacional por potências como Estados Unidos, Rússia e Israel.
Historicamente, a CPI e a CIJ têm enfrentado críticas por sua seletividade na aplicação da justiça. A CPI, por exemplo, havia sido acusada de focar em líderes africanos, enquanto crimes cometidos por aliados ocidentais eram frequentemente ignorados. A situação começou a mudar após os eventos de outubro de 2023, quando a resposta israelense à ofensiva do Hamas gerou uma onda de indignação internacional.
A CIJ, em decisões recentes, instou Israel a limitar suas operações militares e a permitir a entrada de ajuda humanitária em Gaza. Em resposta, Israel ignorou os pedidos, assim como fez em 2004, quando desconsiderou uma opinião consultiva da CIJ sobre o muro de separação. A CPI, por sua vez, surpreendeu ao solicitar ordens de prisão contra Netanyahu e outros líderes israelenses, marcando um momento histórico na justiça internacional.
A reação dos Estados Unidos foi imediata, com propostas de sanções contra a CPI. A presidente da CPI, Tomoko Akane, criticou a abordagem, afirmando que a Corte está sendo tratada como uma “organização terrorista”. Enquanto isso, a maioria dos países europeus se comprometeu a cumprir as ordens de prisão, mas alguns, como França e Alemanha, mostraram hesitação em agir contra Netanyahu.
A situação em Gaza continua a ser uma questão crítica, com a comunidade internacional dividida sobre como lidar com as violações do direito internacional. A CPI e a CIJ enfrentam um desafio significativo: garantir que a justiça prevaleça em um cenário onde a impunidade parece ser a norma para as potências.
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