O deputado federal Zucco protocolou uma denúncia no Tribunal de Contas da União contra a primeira-dama Janja, acusando-a de desvio de recursos no evento G20 social. Ele afirma que houve contratações irregulares e falta de comprovação de gastos que ultrapassam R$ 168 milhões. Segundo Zucco, o governo usou a Organização dos Estados Ibero-americanos como intermediária para evitar regras de orçamento e licitações, permitindo contratações sem controle. Ele pede a suspensão de pagamentos e o bloqueio de bens da organização contratada, além de uma investigação sobre ministros e a própria primeira-dama. O deputado destaca que R$ 78 milhões não têm comprovação de uso e menciona que taxas de administração podem ter gerado um prejuízo de R$ 7,3 milhões. A situação, segundo ele, mostra uma estrutura para fraudar o orçamento e repassar dinheiro à OEI sob a justificativa de eventos internacionais. O GLOBO tentou contato com Janja, mas não obteve resposta.
O deputado federal Zucco (PL-RS) protocolou uma denúncia no Tribunal de Contas da União (TCU) contra a primeira-dama Rosângela da Silva, conhecida como Janja, por suposto desvio de recursos no evento G20 social. A acusação envolve contratações irregulares e falta de comprovação de gastos que superam R$ 168 milhões.
Zucco, que já havia criticado a gestão atual, alega que o governo utilizou a Organização dos Estados Ibero-americanos (OEI) como intermediária para driblar a legislação orçamentária e de licitações. A denúncia sugere que essa manobra possibilitou contratações sem controle externo, utilizando recursos de diversos ministérios e empresas estatais, como Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, BNDES e Petrobras.
Detalhes da Denúncia
O parlamentar solicita a suspensão imediata de pagamentos e o bloqueio de bens da organização contratada para o evento. Além disso, pede que o TCU investigue autoridades envolvidas, incluindo ministros e a própria primeira-dama. Segundo Zucco, a operação consistiu em envelopar serviços comuns e patrocínios em “acordos de cooperação internacional”, que foram subcontratados pela OEI a empresas privadas.
A denúncia aponta que R$ 78 milhões dos valores movimentados não têm comprovação de uso. O deputado também menciona que as chamadas “taxas de administração” podem ter causado um prejuízo de R$ 7,3 milhões, totalizando R$ 33,6 milhões quando somados os contratos da COP30. Para Zucco, a situação revela uma rede estruturada para fraudar o orçamento e repassar milhões à OEI, sob a justificativa de internacionalização de eventos.
O GLOBO tentou contato com a primeira-dama, mas não obteve resposta até o momento. A reportagem será atualizada caso haja retorno.
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