Bruno Heller, um pecuarista, não precisará pagar as multas de R$ 898 mil que recebeu do Ibama por desmatamento, pois elas prescreveram. Ele foi chamado de “maior devastador” da Amazônia e as multas se referem a infrações cometidas há mais de dez anos. Heller foi multado em 2008 por destruir 370 hectares de vegetação nativa e em 2012 por descumprir um embargo ambiental. O Ibama, que aplica as multas, muitas vezes não consegue recebê-las devido à lentidão dos processos. Em 2023, Heller foi preso durante uma operação da Polícia Federal que investigava invasão de terras e desmatamento. A Justiça bloqueou R$ 116 milhões de seus bens, além de sequestrar fazendas e gado, para restaurar as áreas afetadas. Ele e sua família são acusados de se apropriar ilegalmente de mais de 24 mil hectares de terra, principalmente em áreas públicas, contribuindo para o desmatamento na Amazônia.
Multas de R$ 898 mil aplicadas ao pecuarista Bruno Heller pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) por infrações ambientais prescreveram. Com isso, ele não precisará pagar o valor referente a duas multas aplicadas há mais de dez anos. O caso foi revelado pelo colunista Tácio Lorran, do Metrópoles, e confirmado pelo UOL.
As multas foram aplicadas em 2008 e 2012, em Novo Progresso e Altamira, no Pará. Em 2008, Heller foi multado em R$ 522 mil por desmatamento de 370 hectares de vegetação nativa sem autorização. Quatro anos depois, recebeu outra multa de R$ 375 mil por descumprimento de embargo ambiental. O processo de cobrança das multas frequentemente se arrasta, levando à prescrição, que ocorre entre três e cinco anos.
Bruno Heller foi preso em 2023 durante a Operação Retomada da Polícia Federal. A operação investigou invasão de terras da União e desmatamento para criação de gado na Amazônia. A Justiça autorizou o bloqueio de R$ 116 milhões, além do sequestro de veículos, 16 fazendas e a indisponibilidade de 10 mil cabeças de gado.
O valor bloqueado é considerado o mínimo necessário para a recuperação ambiental das áreas afetadas. Heller e seus familiares são acusados de se apropriar de mais de 24 mil hectares de terra ilegalmente, área maior que a cidade de Recife. O Ministério Público do Mato Grosso aponta que a atuação de Heller está ligada à grilagem de terras no sudoeste do Pará, uma das regiões com maior desmatamento na Amazônia.
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