O ex-ministro Augusto Heleno, que trabalhou no governo Jair Bolsonaro, decidiu não responder às perguntas durante seu depoimento no Supremo Tribunal Federal, onde é investigado por uma suposta tentativa de golpe após as eleições de 2022. Ele foi questionado sobre uma reunião ministerial e mensagens trocadas com militares, mas sua defesa optou pelo silêncio. O ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, também depôs e negou a existência de fraudes nas urnas, afirmando que a Polícia Federal não encontrou provas disso. O ex-comandante da Marinha, Almir Garnier, disse que uma reunião em dezembro de 2022 não tratou de ações golpistas e que não houve discussões sobre novas eleições. Os depoimentos estão sendo acompanhados pela sociedade, e os réus estão sendo ouvidos em ordem alfabética. As investigações sugerem que Heleno e outros ex-integrantes do governo formaram um grupo que poderia ter tentado manipular decisões judiciais e coagir autoridades.
O ex-ministro Augusto Heleno, que atuou no Gabinete de Segurança Institucional durante o governo Jair Bolsonaro, optou por permanecer em silêncio em seu depoimento no Supremo Tribunal Federal (STF). Ele é investigado por suposta participação em uma tentativa de golpe após as eleições de 2022. Heleno foi o quinto a ser interrogado nesta semana, e sua defesa alegou que ele usaria o direito ao silêncio, mesmo diante das perguntas do relator do caso, ministro Alexandre de Moraes.
Durante o depoimento, Moraes questionou Heleno sobre sua participação em uma reunião ministerial em julho de 2022 e sobre anotações e mensagens trocadas com outros militares. O ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, também prestou depoimento e negou a existência de fraudes nas urnas eletrônicas, afirmando que a Polícia Federal não encontrou indícios nesse sentido. Torres, um dos réus do processo, destacou que nunca participou de discussões sobre ações golpistas.
Depoimentos e Contradições
O ex-comandante da Marinha, Almir Garnier, também se manifestou, afirmando que a reunião no Palácio da Alvorada, em dezembro de 2022, tratou apenas do “cenário político e social” e não houve deliberações sobre ações golpistas. Garnier negou que tenha disponibilizado tropas para qualquer ofensiva e ressaltou que não houve discussões sobre novas eleições.
Os depoimentos estão sendo acompanhados de perto pela sociedade e pela mídia, com os réus participando presencialmente, exceto o ex-ministro Walter Braga Netto, que está preso e acompanha por videoconferência. Os interrogatórios seguem em ordem alfabética, e a expectativa é que os demais réus sejam ouvidos nas próximas sessões.
Contexto da Investigação
As investigações apontam que Heleno e outros ex-integrantes do governo Bolsonaro fazem parte de um suposto “núcleo de inteligência paralela” que teria contribuído para a tentativa de golpe. Documentos apreendidos pela Polícia Federal indicam uma possível manipulação das decisões judiciais e um planejamento estratégico para coagir integrantes do sistema de persecução penal.
A situação continua a se desdobrar, com os depoimentos revelando diferentes versões sobre os eventos que cercaram as eleições de 2022 e as ações dos ex-ministros. A sociedade aguarda os desdobramentos desse caso que envolve figuras proeminentes da política brasileira.
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