O ex-presidente Jair Bolsonaro prestou depoimento ao Supremo Tribunal Federal, onde negou ter tentado um golpe de Estado. Ele disse que suas declarações eram apenas “retórica” e fez piadas com o ministro Alexandre de Moraes. Bolsonaro se defendeu das críticas ao sistema eleitoral, afirmando que queria proteger as eleições e que as imagens de uma reunião sobre uma possível ruptura democrática foram vazadas de forma mal-intencionada. Ele também negou ter recebido ameaças de prisão de militares. Durante o depoimento, trouxe uma cópia da Constituição e afirmou que sempre seguiu suas diretrizes. Outros envolvidos nas investigações, como o tenente-coronel Mauro Cid e o ex-ministro da Justiça Anderson Torres, também negaram participação em ações golpistas. Torres admitiu falhas na segurança durante os eventos de 8 de janeiro, enquanto o general Augusto Heleno optou por não falar. As investigações continuam e podem afetar a política brasileira.
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) prestou depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta terça-feira, 24 de outubro, negando qualquer tentativa de golpe de Estado. Durante a oitiva, Bolsonaro classificou suas declarações como “retórica” e pediu desculpas, enquanto interagia de forma descontraída com o ministro Alexandre de Moraes.
Bolsonaro se defendeu das críticas ao sistema eleitoral e ao Judiciário, afirmando que seu objetivo era proteger as eleições. Ele alegou que as imagens de uma reunião onde se discutia uma possível ruptura democrática foram vazadas com “má-fé”. O ex-presidente também negou ter recebido ameaças de prisão durante encontros com comandantes militares.
Interações e Justificativas
O ex-presidente fez piadas durante o depoimento, perguntando a Moraes se poderia fazer uma brincadeira e sugerindo que o ministro fosse seu vice em 2026. Moraes, em tom bem-humorado, declinou o convite. Bolsonaro levou um exemplar da Constituição e afirmou que sempre atuou dentro de suas diretrizes.
Ele criticou decisões do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que restringiram o uso de imagens em sua campanha, alegando que sua intenção era evitar qualquer suspeição sobre as urnas eletrônicas. O ex-presidente disse que não houve intenção de desacreditar o sistema, mas sim de alertar sobre possíveis problemas.
Depoimentos de Outros Envolvidos
O tenente-coronel Mauro Cid, delator no caso, confirmou a existência de uma minuta de golpe, mas se isentou de participação, alegando que apenas fez alterações no documento. Outros depoentes, como o ex-chefe da Abin, Alexandre Ramagem, e o ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, também negaram envolvimento em ações golpistas.
Torres admitiu falhas na segurança durante os eventos de 8 de janeiro e se distanciou da autoria da minuta encontrada em sua casa, referindo-se a ela como uma “minuta do Google”. O general Augusto Heleno optou por permanecer em silêncio durante o interrogatório, enquanto outros ex-comandantes das Forças Armadas negaram qualquer conhecimento sobre planos de ruptura institucional.
As investigações continuam, e os desdobramentos dos depoimentos podem impactar o cenário político brasileiro.
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