Luiz Fernando Corrêa, o atual diretor da Abin, foi indiciado pela Polícia Federal por obstruir uma investigação e assediar moralmente a corregedora da agência. As acusações surgem em meio a uma apuração sobre irregularidades na gestão do ex-diretor Alexandre Ramagem, durante o governo Bolsonaro. O relatório da PF afirma que Corrêa dificultou a investigação sobre o uso indevido de ferramentas de espionagem e assediou a corregedora para proteger seus próprios interesses. Ele nega as acusações e diz que não teve a intenção de obstruir a apuração. Além de Corrêa, seu chefe de gabinete, Luiz Fernando Nóbrega, também enfrenta as mesmas acusações. O relatório destaca que Corrêa usou táticas de intimidação contra servidores, o que atrasou a coleta de provas. A investigação sobre uma ferramenta de rastreamento de telefones só avançou após a PF enviar os documentos à Controladoria-Geral da União. Corrêa teria se mostrado insatisfeito com a corregedora e buscou uma mudança na liderança da área, dificultando ainda mais o trabalho da PF.
A Polícia Federal indiciou Luiz Fernando Corrêa, atual diretor-geral da Abin, por obstrução de justiça e assédio moral. As acusações surgem no contexto de uma investigação que já apurava irregularidades na gestão do ex-diretor Alexandre Ramagem, durante o governo Bolsonaro.
O relatório final da PF revela que Corrêa tentou dificultar a apuração sobre o uso indevido de ferramentas de espionagem na agência. Ele é acusado de assediar moralmente a corregedora da Abin, visando proteger interesses próprios. Em seu depoimento, Corrêa negou as acusações e afirmou que não tinha intenção de obstruir a investigação.
As irregularidades na Abin foram inicialmente atribuídas à gestão de Ramagem, mas a PF encontrou desvios também na administração atual. Corrêa, que é próximo do presidente Lula, foi nomeado para o cargo no início do governo e já havia sido diretor-geral da Polícia Federal no passado.
Acusações e Consequências
O indiciamento de Corrêa inclui três crimes: embaraço à investigação de organização criminosa, prevaricação e coação. O chefe de gabinete de Corrêa, Luiz Fernando Nóbrega, também enfrenta as mesmas acusações por auxiliar nas ações de obstrução.
O relatório da PF destaca que Corrêa adotou uma estratégia de intimidação contra servidores da Abin, dificultando o repasse de informações. As investigações sobre o uso da ferramenta First Mile, que rastreava a localização de telefones, só avançaram após a remessa dos autos à Controladoria-Geral da União.
A PF menciona que a insatisfação de Corrêa com a corregedora resultou em assédio moral sistemático. Ele teria se referido à corregedoria de forma depreciativa e defendido uma intervenção na área, culminando na nomeação de outra pessoa para o cargo. As ações de Corrêa também dificultaram a coleta de provas pela PF, que precisou realizar buscas e apreensões na Abin para avançar nas investigações.
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