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Justiça francesa inicia julgamento sobre tráfico de pessoas na colheita de champanhe

Julgamento revela exploração de 57 trabalhadores sazonais em Champagne, com diretores enfrentando acusações graves de trabalho dissimulado.

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Por Revisado por: Time de Jornalismo Portal Tela
Foto: Reprodução
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Um julgamento começou em Châlons-en-Champagne sobre a exploração de trabalhadores sazonais, conhecidos como vendangeurs. A diretora da Anavim e outros réus são acusados de trabalho dissimulado e de manter 57 trabalhadores, muitos deles imigrantes em situação irregular, em condições de vida precárias. Os trabalhadores viviam em um local insalubre, com camas improvisadas e sem acesso adequado a comida e água. Um dos trabalhadores, Modibo Sidibe, relatou que eram forçados a trabalhar longas horas em um prédio abandonado. O advogado das vítimas criticou a falta de respeito dos réus pela dignidade humana. O promotor pediu penas de até quatro anos de prisão para os acusados. O caso ganhou atenção após a morte de quatro trabalhadores durante a colheita de 2023, levando sindicatos e organizações de direitos humanos a exigirem melhorias nas condições de trabalho. A decisão do tribunal será anunciada em 21 de julho.

Um julgamento sobre trabalho dissimulado e condições de vida indignas para trabalhadores sazonais, os vendangeurs, teve início em Châlons-en-Champagne. A diretora da Anavim, uma empresa de serviços vitícolas, e outros réus são acusados de explorar 57 vítimas, muitas delas estrangeiras em situação irregular.

Os plaignants se reuniram em frente ao tribunal, onde cartazes denunciavam a exploração no setor de Champagne. A acusada, uma mulher de 44 anos do Quirguistão, enfrenta acusações de tráfico de pessoas, trabalho oculto e condições de alojamento precárias. Dois homens, suspeitos de recrutarem os trabalhadores, também estão sendo julgados.

A inspeção do trabalho, realizada em setembro de 2023, revelou que os trabalhadores viviam em condições insalubres, em um local com literas improvisadas e instalações sanitárias em estado deplorável. A situação foi considerada uma grave violação da segurança e dignidade dos ocupantes.

Testemunhos Impactantes

Vítimas relataram experiências desumanas. Modibo Sidibe, um dos trabalhadores, afirmou que eram alojados em um prédio abandonado, sem acesso a comida ou água, e forçados a trabalhar longas horas. O advogado das vítimas, Maxime Cessieux, denunciou o desprezo dos réus pela dignidade humana, destacando que a maioria dos trabalhadores é composta por imigrantes de países como Mali e Senegal.

O promotor do caso pediu penas de até quatro anos de prisão para os réus, incluindo dois anos de prisão efetiva para a diretora da Anavim. O Comitê Champagne, que representa milhares de produtores, também se manifestou contra essas práticas, afirmando que é necessário garantir condições dignas para os trabalhadores.

Repercussão no Setor

O caso ganhou notoriedade após a morte de quatro trabalhadores durante as vendanges de 2023, levando a uma crescente pressão sobre o setor vitivinícola. O sindicato CGT e outras organizações de direitos humanos exigem que as condições de trabalho sejam regulamentadas e que os responsáveis sejam punidos severamente.

A decisão do tribunal deve ser anunciada em 21 de julho. A situação atual levanta questões sobre a responsabilidade das empresas na proteção dos direitos dos trabalhadores e a imagem do Champagne, um símbolo de prestígio e qualidade.

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