Após 12 anos como Papa, Francisco nunca voltou à Argentina, o que gerou descontentamento entre os argentinos. Sua ausência é notada especialmente em meio à crise econômica do país, com alta inflação e aumento da pobreza. A popularidade do Papa caiu de 91% em 2013 para 64% em 2024, refletindo a decepção com sua falta de visitas e políticas. Gustavo Vera, amigo do Papa, explicou que ele evita voltar para não ser usado politicamente em um país dividido entre peronistas e antiperonistas. Embora não esteja fisicamente presente, Francisco mantém contato com a Argentina, recebendo cartas e acompanhando notícias, mas muitos argentinos sentem falta dele em momentos importantes.
Papa Francisco: 12 anos de pontificado sem retornar à Argentina
Após 12 anos no cargo, o Papa Francisco nunca visitou seu país natal, a Argentina, gerando descontentamento e reflexões sobre sua relação com a nação. A ausência do pontífice, eleito em 2013, contrastou com viagens a outros países latino-americanos.
A relação de Jorge Bergoglio com a Argentina sempre foi complexa. Analistas apontam que, ao deixar Buenos Aires para o conclave no Vaticano, ele não imaginava que seria a última vez que pisaria em solo argentino.
Imagem em declínio e críticas políticas
Pesquisas recentes indicam queda na imagem favorável do Papa Francisco na Argentina. Em 2013, 91% dos argentinos tinham uma visão positiva do pontífice, índice que caiu para 64% em 2024. A insatisfação se intensificou com o tempo, refletindo a decepção com sua ausência e políticas.
A ausência de Francisco foi sentida em meio à grave crise econômica argentina, com inflação alta e aumento da pobreza. Muitos questionaram por que o Papa não retornava para compartilhar sua mensagem com o povo em um momento tão difícil.
Evitando polarização política
Segundo Gustavo Vera, amigo próximo do Papa, a principal razão para não visitar a Argentina era evitar que sua presença fosse utilizada para fins políticos. O país enfrenta uma divisão histórica entre peronistas e antiperonistas, e Francisco temia ser associado a um dos lados.
O Papa se encontrou com representantes de todo o espectro político argentino, incluindo Mauricio Macri e Javier Milei. A doutrina social da Igreja, com ênfase na justiça social, também influenciou a decisão de manter distância de conflitos políticos.
Conexão mantida à distância
Apesar da ausência física, Francisco manteve contato com a Argentina. Recebia cartas, acompanhava notícias e concedia audiências a argentinos no Vaticano. Sua ligação com o país de origem permaneceu forte, mesmo à distância.
Apesar do carinho demonstrado, muitos argentinos lamentam a ausência do Papa em momentos cruciais. A decepção se mistura à saudade, marcando um capítulo complexo na história da relação entre Francisco e sua terra natal.
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