Autoridades do Brasil e da China se encontraram em Xangai para o “Summit Valor Econômico Brazil-China 2025”, onde discutiram a importância da cooperação entre os dois países. O evento, que celebra os 50 anos de relações diplomáticas, destacou temas como multilateralismo, livre comércio e transição energética. Frederic Kachar, da Editora Globo, mencionou que 30% das exportações brasileiras vão para a China, enquanto o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, falou sobre a necessidade de defender relações multilaterais. O embaixador do Brasil na China, Marcos Galvão, comparou a situação atual com a crise do petróleo de 1974, ressaltando a mudança no papel dos países. Dilma Rousseff, presidente do Novo Banco de Desenvolvimento, e Chen Jing, vice-presidente do Congresso Popular de Xangai, também comentaram sobre o crescimento do comércio e a cooperação em áreas como cultura e ciência. O evento foi organizado pela Editora Globo e outras instituições, com o objetivo de fortalecer os laços entre Brasil e China e criar novas oportunidades de negócios.
Autoridades brasileiras e chinesas se reuniram em Xangai, na manhã de quarta-feira (23), para o “Summit Valor Econômico Brazil-China 2025”. O evento destacou a importância da cooperação bilateral para promover o multilateralismo, o livre comércio e a transição energética, além de celebrar os cinquenta anos de relações diplomáticas entre os países, que se completam em 2024.
Frederic Kachar, diretor geral da Editora Globo, enfatizou os avanços nas trocas comerciais, com o Brasil se consolidando como um celeiro do mundo. Ele destacou que trinta por cento das exportações brasileiras têm como destino a China, que, por sua vez, se destacou na evolução de empresas de tecnologia e energia limpa. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, reforçou que Brasil e China podem ser aliados na defesa das relações multilaterais, especialmente diante das políticas tarifárias dos Estados Unidos.
Oportunidades de Cooperação
Marcos Galvão, embaixador do Brasil na China, fez um paralelo com a crise do petróleo de 1974, quando as relações diplomáticas foram estabelecidas. Ele observou que, enquanto o Brasil buscava petróleo da China na época, hoje é o país que fornece petróleo para o gigante asiático. Galvão também mencionou a COP30 como uma oportunidade para avançar na transição energética.
A presidente do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), Dilma Rousseff, destacou o crescimento da corrente de comércio entre Brasil e China, afirmando que a relação tem gerado grandes ganhos mútuos. Shen Xin, vice-presidente da Associação do Povo Chinês para a Amizade com Países Estrangeiros, afirmou que os próximos cinquenta anos devem marcar um novo ciclo de cooperação entre os dois países.
Desenvolvimento Sustentável
Chen Jing, vice-presidente do Comitê Permanente do Congresso Popular Municipal de Xangai, ressaltou a pujança econômica da cidade, que representa apenas 0,06% do território chinês, mas contribui com 10% da receita fiscal do país. Ele mencionou acordos de cooperação com cidades brasileiras, como Rio de Janeiro e São Paulo, em áreas como comércio, cultura e ciência.
O evento, organizado pela Editora Globo e pelo Valor, em parceria com o Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri) e a Caixin Global, contou com patrocínios de diversas empresas e instituições. A diretora de Redação do Valor, Maria Fernanda Delmas, destacou a importância do summit para aprofundar as relações Brasil-China e abrir novas possibilidades de negócios.
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