Cardeal Aveline defende acolhimento e justiça social como pilares da Igreja Católica

O cardeal Jean-Marc Aveline, arcebispo de Marselha, é um dos principais candidatos a suceder o papa Francisco. Aveline, que tem se destacado por sua proximidade com o pontífice e suas preocupações sociais, defende a acolhida de imigrantes e critica governos que dificultam o trabalho de ONGs no Mediterrâneo.

Durante uma missa em Roma em 2022, Aveline afirmou que a missão da Igreja Católica é "escutar e colocar a si mesmo a serviço dos outros". Ele enfatiza a importância de estar em comunhão com as alegrias e sofrimentos da humanidade. O arcebispo, que nasceu na Argélia em mil novecentos e cinquenta e oito, cresceu em Marselha e sua história como refugiado moldou sua atuação religiosa.

Aveline é conhecido por sua defesa de organizações como a SOS Méditerranée, que resgatam migrantes no Mediterrâneo. Em uma missa em memória de migrantes, ele declarou que governos que obstruem o trabalho de ONGs cometem um crime. O arcebispo criticou a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, por suas políticas restritivas.

Posição sobre Temas Controversos

Embora Aveline tenha uma postura clara sobre a imigração, ele evita se pronunciar sobre questões controversas na Igreja, como a bênção a casais LGBTQIA+. Ele foi um dos signatários de um comunicado da conferência de bispos da França que criticou a decisão do papa sobre o tema, mas não se manifestou diretamente.

Se eleito no próximo conclave, Aveline pode manter a Igreja focada em temas como a paz, o respeito aos imigrantes e as mudanças climáticas. Com sessenta e seis anos, ele é um dos cardeais mais jovens na disputa, e sua vitória poderia resultar em um longo pontificado, algo que o Colégio Cardinalício tem buscado evitar desde a eleição de João Paulo II.