Carlos Brandão, governador do Maranhão, está enfrentando discussões sobre sua sucessão, especialmente após o PT anunciar a pré-candidatura de Felipe Camarão, seu vice. O secretário-geral do PT, Henrique Fontana, destacou que a candidatura de Camarão é justa, já que o partido apoiou Brandão durante a campanha anterior. Brandão, por sua vez, tem se mostrado cauteloso e prefere não comentar muito sobre a situação. Ele reconhece o entusiasmo de Camarão, mas também expressa desconforto com as articulações do vice. Brandão, que foi vice-governador por dois mandatos, tem seus próprios planos para a sucessão, incluindo seu sobrinho Orleans Brandão como um dos favoritos. A relação entre Brandão e o grupo de Flávio Dino, seu antecessor, parece ter se distanciado, o que gera tensões nas articulações políticas.
O governador do Maranhão, Carlos Brandão (PSB), enfrenta um novo cenário político com o Partido dos Trabalhadores (PT) assumindo a liderança nas discussões sobre sua sucessão. Nesta semana, o PT oficializou a pré-candidatura de Felipe Camarão, atual vice-governador, com o apoio do secretário-geral da sigla, Henrique Fontana.
Durante uma reunião em São Luís, Fontana destacou que a candidatura de Camarão é uma questão de justiça, lembrando que o partido esteve ao lado de Brandão durante a campanha anterior. “Nada mais justo do que pleitearmos esse lugar ao sol”, afirmou Fontana. O secretário também expressou a expectativa de que Brandão mantenha a aliança com o PT, indicando que a sigla apoiará o governador em uma futura candidatura ao Senado em 2026.
Brandão, por sua vez, tem adotado uma postura cautelosa. Em entrevista ao GLOBO, ele demonstrou desconforto com as movimentações de Camarão, comparando a situação a um jogador de futebol que deseja ser convocado para a seleção. “É muito jovem, nunca disputou um cargo eletivo e tem entusiasmo”, disse Brandão, referindo-se ao vice-governador.
Distanciamento Político
O pano de fundo desse impasse é um acordo anterior, onde Brandão, que foi vice de Flávio Dino por dois mandatos, havia se comprometido a passar o governo a Camarão em março do próximo ano. Contudo, com o tempo, Brandão e o grupo de Dino se distanciaram, levando o governador a considerar outros nomes para sua sucessão, incluindo seu sobrinho, Orleans Brandão.
Aliados de Brandão acreditam que o PT continuará avançando nas articulações políticas, buscando influenciar o debate sucessório até o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A situação reflete a complexidade das relações políticas no Maranhão, onde a busca por independência de Brandão pode gerar tensões com o grupo de Dino.
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