A preocupação com a qualidade do sono está em alta, especialmente entre os jovens da geração Z, que buscam maneiras de melhorar suas noites com práticas como meditação, uso de suplementos e gadgets como relógios inteligentes. O conceito de “sleepmaxxing” tem levado muitos a se tornarem obcecados por um sono perfeito, o que pode resultar em problemas como ansiedade e ortosonia, segundo especialistas. A psicóloga Daniela Faertes alerta que o controle excessivo do sono pode aumentar a ansiedade e dificultar o descanso. A médica do sono Maíra da Rocha observa que muitos se preocupam demais com dados de sono que a tecnologia fornece, que nem sempre são precisos. Mariana Borges, uma designer, compartilha que sua busca por informações sobre o sono a deixou obcecada, levando-a a buscar ajuda. O mercado de produtos para melhorar o sono está crescendo, com um valor estimado de 432 bilhões de dólares em 2024. Marcas de beleza também estão investindo em produtos noturnos, mas o dermatologista Daniel Coimbra adverte que muitos rituais de skincare podem ser mais prejudiciais do que benéficos. Apesar disso, prestar atenção ao sono pode incentivar hábitos saudáveis, como exercícios regulares e evitar telas antes de dormir. Maíra da Rocha recomenda que adultos durmam entre sete e nove horas para funcionar bem.
É hora de dormir, mas não sem antes seguir uma série de rituais que incluem meditação, suplementos, e gadgets como relógios inteligentes. O fenômeno do sleepmaxxing tem atraído a geração Z, que busca o sono perfeito através de práticas e produtos variados. No entanto, essa obsessão pode gerar problemas como ansiedade e ortosonia, alertam especialistas.
A psicóloga Daniela Faertes destaca que o hipercontrole sobre o sono pode ser um fator gerador de ansiedade, dificultando o descanso. “Essa onda reflete uma sociedade imediatista, onde não há paciência para hábitos simples”, afirma. A médica do sono Maíra da Rocha observa que muitos pacientes se preocupam excessivamente com dados de sono fornecidos por tecnologia, que nem sempre é precisa.
Mariana Borges, designer, relata que sua busca por informações sobre o sono a levou a um estado de obsessão. “Eu precisava de ajuda para entender que estava me atrapalhando”, diz. Além de relógios, aplicativos e anéis monitores fazem parte do arsenal de produtos disponíveis no mercado. Maíra da Rocha alerta para o uso indiscriminado de melatonina e práticas como fitas para fechar a boca, que podem ser perigosas.
Indústria em Crescimento
A indústria de produtos relacionados ao sono está em expansão, com um valor estimado em US$ 432 bilhões em 2024, segundo a Statista. Marcas de beleza também estão investindo em produtos noturnos. A Estée Lauder, por exemplo, contratou um renomado neurocientista como consultor de ciência do sono.
O dermatologista Daniel Coimbra ressalta que o skincare noturno pode ser benéfico, mas muitos rituais são mais performáticos do que eficazes. “O excesso de produtos pode causar irritações”, alerta. Apesar das preocupações, a atenção ao sono pode ter um lado positivo, promovendo hábitos saudáveis.
Entre as recomendações estão: praticar exercícios regularmente, evitar telas antes de dormir e manter o quarto em condições adequadas. Maíra da Rocha afirma que a maioria dos adultos precisa de sete a nove horas de sono para um bom funcionamento. “Não deveríamos precisar de tanto esforço para dormir”, conclui.
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