Consumo excessivo de castanha-do-pará pode ser prejudicial à saúde

A castanha-do-pará, também chamada de castanha do Brasil, é uma semente rica em minerais e antioxidantes, oferecendo diversos benefícios à saúde. Contudo, seu consumo excessivo pode ser prejudicial devido ao alto teor de selênio, que em grandes quantidades pode se tornar tóxico. Segundo o Institute of Medicine, a ingestão diária recomendada para adultos é de 55 mcg de selênio, enquanto uma única castanha contém cerca de 135 mcg, conforme a Tabela Brasileira de Composição de Alimentos.

De acordo com a nutricionista Renata Boaventura, o consumo excessivo de selênio pode causar problemas de saúde, como perda de cabelo, lesões de pele e distúrbios neurológicos. Além disso, a castanha-do-pará é calórica, com uma porção de 30 gramas (oito unidades) contendo 202 calorias e 674 calorias em 100 gramas. Para evitar o excesso de selênio, Boaventura recomenda não consumir mais de três unidades por dia.

Quando consumida moderadamente, a castanha-do-pará pode trazer benefícios significativos. O selênio, em quantidades adequadas, desempenha funções antioxidantes, auxilia no metabolismo hormonal e fortalece o sistema imunológico. Um estudo da Universidade Federal de Viçosa revelou que a semente pode ajudar a combater inflamações e prevenir a obesidade, mostrando que mulheres que consumiram a castanha apresentaram menores concentrações de marcadores inflamatórios após oito semanas.

A castanha-do-pará pode ser consumida pura, com iogurte ou frutas, e utilizada em receitas como bolos e panquecas. A nutricionista enfatiza a importância de respeitar a quantidade recomendada para maximizar os benefícios e evitar riscos à saúde.