O pesquisador Raphael Amemiya realizou uma análise da ancestralidade genética da população de São Paulo como parte de sua dissertação de mestrado no Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo. Os resultados, obtidos através de uma calculadora genética, revelaram uma ancestralidade média de 77,5% europeia, 19,4% africana, 7,4% nativa americana, 4,1% leste asiática, 0,5% […]
O pesquisador Raphael Amemiya realizou uma análise da ancestralidade genética da população de São Paulo como parte de sua dissertação de mestrado no Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo. Os resultados, obtidos através de uma calculadora genética, revelaram uma ancestralidade média de 77,5% europeia, 19,4% africana, 7,4% nativa americana, 4,1% leste asiática, 0,5% sul asiática e 0,1% oceânica.
A análise por grupos populacionais destacou uma predominância de 33,9% a 37,9% de ancestrais bascos/ibéricos, 22,3% a 26,7% de ancestrais da Albânia/Itália/Sardenha e 6,2% a 7,2% de ancestrais da oeste europeia. Também foram identificados grupos como Esan/Yorubá (5,4% a 7,2%), Karitiana/Suruí/Wichí (3,7% a 4,5%) e do Oriente Médio/Norte da África (3% a 3,8%).
Embora o foco do trabalho tenha sido a análise coletiva, Amemiya também conduziu avaliações individuais, que mostraram a presença de múltiplas ancestralidades em uma mesma pessoa, refletindo um perfil miscigenado da população. O pesquisador observou que, enquanto países como Estados Unidos e Índia são heterogêneos, são menos miscigenados em comparação com a população paulistana.
Em entrevista ao Jornal da USP, Amemiya destacou que técnicas como machine learning e inteligência artificial têm impulsionado os avanços na análise genética, mas ainda enfrentam desafios, como a sub-representação de certas populações em bancos de dados genéticos.
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