15 de jan 2025
Mitos sobre o gluten: desvendando verdades e mentiras sobre a alimentação sem glúten
Dany Faccio lançou "Singlutenismo", abordando mitos sobre o gluten. Ela alerta para o alto índice de infradiagnóstico da doença celíaca na Espanha. A Proposição No de Lei aprovada visa melhorar a situação de celíacos. Faccio destaca que a retirada do gluten sem diagnóstico pode ser prejudicial. A dieta sem gluten não garante emagrecimento, desmistificando influências.
"Que pena este pão (Foto: Stefka Pavlova/Getty Images)"
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O glúten, uma proteína presente em cereais como trigo, cevada e centeio, é responsável pela textura de pães e bolos, mas também pode causar sérios problemas de saúde para pessoas com doença celíaca ou sensibilidade ao glúten não celíaca. Segundo a dietista Dany Faccio, autora do livro Singlutenismo, é crucial que aqueles que suspeitam ter problemas relacionados ao glúten não o eliminem de suas dietas antes de realizar os testes diagnósticos, pois isso pode comprometer os resultados. Estima-se que entre 1% e 2% da população ocidental tenha doença celíaca, enquanto 8% a 10% pode ter sensibilidade ao glúten.
Faccio alerta que muitos produtos processados, como chocolates, embutidos e até pratos prontos, podem conter glúten devido a contaminação cruzada. Por exemplo, uma paella de supermercado pode incluir ingredientes que contêm glúten, mesmo que o arroz em si não o tenha. Além disso, lentilhas podem vir misturadas com grãos de trigo, o que exige que os consumidores verifiquem cuidadosamente os alimentos antes de consumi-los. Para pessoas celíacas, a ingestão de apenas 20 miligramas de glúten pode causar danos significativos à saúde.
Os sintomas da doença celíaca podem ser sutis e muitas vezes ignorados, como fadiga, problemas intestinais e até dificuldades de fertilidade. Faccio destaca que, em média, leva cerca de oito anos para que um diagnóstico adequado seja feito, resultando em um alto índice de infradiagnóstico na Espanha. A especialista enfatiza que a eliminação do glúten não deve ser vista como uma solução para perda de peso, já que a saúde alimentar depende mais da qualidade dos alimentos consumidos do que da presença ou ausência do glúten.
Por fim, Faccio critica a desinformação disseminada por influenciadores que promovem dietas sem glúten sem base científica. Ela ressalta que, embora o glúten seja demonizado, não há evidências que sustentem que ele seja prejudicial para a população em geral. O tratamento eficaz para a doença celíaca continua sendo uma dieta rigorosa sem glúten, e a falta de informações adequadas pode deixar muitos pacientes desamparados em suas jornadas de saúde.
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