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Sobreviventes do ébola em Liberia: histórias de dor e resiliência uma década depois

- Sobreviventes do ébola, como Josephine Karwah, enfrentam estigma e dor persistente. - Liberia, um dos países mais pobres, luta contra corrupção e pobreza extrema. - O vírus causou mais de 11.000 mortes e deixou 17.000 sobreviventes em 2016. - Muitos sobreviventes ainda carecem de apoio médico e enfrentam discriminação social. - A experiência com o ébola destaca a fragilidade do sistema de saúde liberiano.

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Por Revisado por: Time de Jornalismo Portal Tela

Josephine Karwah, sobrevivente do ébola, perdeu sua família e enfrentou a morte de seu filho ao dar à luz na rua, sem assistência médica. Em Monrovia, ela gerencia uma clínica e participa de um grupo no WhatsApp, chamado All Survivors, com 81 membros, todos afetados pelo vírus. Apesar de uma década desde o surto, muitos […]

Josephine Karwah, sobrevivente do ébola, perdeu sua família e enfrentou a morte de seu filho ao dar à luz na rua, sem assistência médica. Em Monrovia, ela gerencia uma clínica e participa de um grupo no WhatsApp, chamado All Survivors, com 81 membros, todos afetados pelo vírus. Apesar de uma década desde o surto, muitos ainda lidam com dores e problemas de visão. Liberia, que já foi próspera, enfrenta hoje pobreza extrema e corrupção, ocupando a 145ª posição no índice de corrupção de 2023, com apenas 25 pontos em 100.

O ébola, identificado pela primeira vez em 1976, teve seu maior surto entre 2013 e 2016, resultando em 11.300 mortes na região. Os rituais funerários e a falta de medidas de proteção contribuíram para a propagação do vírus. Médicos Sem Fronteiras alertou sobre a situação, mas a resposta internacional foi tardia. Em 2016, a transmissão foi considerada interrompida, mas o sistema de saúde do país continua fragilizado, com até 67% da atenção primária desaparecendo durante a epidemia.

Josephine, que voltou a trabalhar na clínica da família após vencer o vírus, perdeu sua irmã Salomé devido à falta de atendimento. A discriminação persiste, e ela relata experiências de estigmatização, como ser chamada de “a enferma de ébola”. Outros sobreviventes, como Zaizay Mulbah e Musu Kennedy, também compartilham suas histórias de superação e os desafios enfrentados após a epidemia, incluindo problemas de saúde e discriminação social.

A luta contra o estigma e a busca por assistência médica continuam sendo desafios para os sobreviventes. Muitos, como Comfort Paye e Beatrice Yardolo, ainda enfrentam dores físicas e dificuldades financeiras, com a maioria da população vivendo abaixo da linha da pobreza. A necessidade de apoio e infraestrutura de saúde é urgente, enquanto os sobreviventes tentam reconstruir suas vidas em um país que ainda carrega as cicatrizes do passado.

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