15 de mar 2025
Trocar a esponja da cozinha semanalmente é essencial para evitar bactérias perigosas
Esponjas de cozinha abrigam até 362 espécies de micróbios, favorecendo bactérias. Estruturas das esponjas favorecem crescimento de patógenos como Salmonella. Troca semanal de esponjas é recomendada para reduzir carga bacteriana. Medidas de limpeza podem selecionar cepas resistentes, tornando as menos eficazes. Escovas de lavar louça são alternativas mais higiênicas e com menos bactérias.
A esponja de cozinha é um ambiente perfeito para bactérias (Foto: Getty Images)
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As esponjas de cozinha, utilizadas para lavar louças, são ambientes propícios para o crescimento de bactérias. Markus Egert, microbiologista da Universidade de Furtwangen, revelou que esponjas usadas podem abrigar até 362 espécies de micróbios, com densidades que chegam a 54 bilhões de bactérias por centímetro quadrado. Essa quantidade é comparável à encontrada em amostras de fezes humanas. As esponjas, por serem quentes e úmidas, oferecem um habitat ideal para esses micro-organismos, que se alimentam de restos de alimentos.
Um estudo de Lingchong You, da Duke University, em 2022, mostrou que a variação no tamanho dos poros das esponjas favorece o crescimento bacteriano. Egert explica que a diversidade de nichos dentro da esponja permite que diferentes tipos de bactérias coexistam, algumas preferindo viver sozinhas e outras em grupos. Apesar da abundância de bactérias, a maioria não representa risco à saúde humana. Em 2017, Jennifer Quinlan, da Prairie View A&M University, constatou que apenas 1% a 2% das esponjas analisadas continham bactérias associadas à intoxicação alimentar.
Embora as esponjas sejam lar de bactérias potencialmente patogênicas, como as que podem afetar pessoas com sistemas imunológicos comprometidos, a presença de patógenos como Salmonella é rara. Solveig Langsrud, do instituto Nofima, encontrou um conjunto comum de bactérias não patogênicas em esponjas e escovas de lavar louça, sendo que as escovas apresentaram menor carga bacteriana. A troca semanal da esponja é recomendada, e métodos como aquecer no micro-ondas ou lavar na máquina podem reduzir a carga bacteriana.
Para manter a higiene, é aconselhável não armazenar a esponja na pia e garantir que ela seque entre os usos. Egert sugere que as escovas são uma alternativa mais higiênica, pois acumulam menos bactérias e secam mais rapidamente. A escolha entre esponjas e escovas pode impactar a saúde, especialmente em ambientes onde a contaminação por patógenos é uma preocupação.
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