As mulheres continuam sub-representadas como autoras em publicações científicas em diversas áreas. Um estudo recente do projeto Nature Index Author Gender Ratio, iniciado em 2024, revelou que apenas 29% dos autores de artigos publicados entre 2015 e 2024 eram mulheres. Essa análise, que utilizou software de inteligência artificial para prever o gênero com base em […]
As mulheres continuam sub-representadas como autoras em publicações científicas em diversas áreas. Um estudo recente do projeto Nature Index Author Gender Ratio, iniciado em 2024, revelou que apenas 29% dos autores de artigos publicados entre 2015 e 2024 eram mulheres. Essa análise, que utilizou software de inteligência artificial para prever o gênero com base em nomes e histórico de localização, abrangeu cerca de 1,5 milhão de autores em 145 periódicos de alta qualidade nas ciências naturais e da saúde.
Embora a maioria das áreas tenha registrado um aumento na participação feminina, esse crescimento foi inferior a 5 pontos percentuais na maioria dos casos. Em campos como medicina reprodutiva, a participação feminina alcançou 53%, enquanto nas ciências físicas, os números foram significativamente mais baixos, com apenas 15% em física clássica e 16% em física quântica. O estudo também destacou que algumas disciplinas, como epidemiologia e microbiologia médica, conseguiram aumentar suas taxas de autoria feminina em 7 pontos percentuais.
A análise também revelou diferenças significativas entre países. Em 2024, os Estados Unidos, França e Canadá apresentaram a maior porcentagem de mulheres entre os autores, com 34% cada. O Reino Unido e a Índia seguiram com 29% e 28%, respectivamente. Por outro lado, o Japão teve uma das menores taxas, com apenas 16%. Os Estados Unidos e a Índia mostraram um aumento de 8 e 7 pontos, respectivamente, no período analisado.
Esses dados permitem uma análise mais detalhada das tendências de gênero em diferentes disciplinas e países, possibilitando que comunidades acadêmicas identifiquem áreas de sucesso e desafios. O projeto pretende incluir dados em nível de periódico, o que poderá ajudar a identificar quais publicações estão se destacando na promoção da paridade de gênero. A transparência em relação às desigualdades enfrentadas por mulheres nas ciências é essencial para promover um ambiente de pesquisa mais inclusivo e equitativo.
Entre na conversa da comunidade