A preocupação com o câncer, antes considerada uma questão secundária, ganhou destaque ao longo do século XX. Em 1896, uma pesquisa do American Journal of Psychology revelou que a doença era pouco mencionada, com a difteria, varíola e tuberculose dominando os medos da época. Contudo, a percepção sobre o câncer mudou drasticamente, sendo descrito por […]
A preocupação com o câncer, antes considerada uma questão secundária, ganhou destaque ao longo do século XX. Em 1896, uma pesquisa do American Journal of Psychology revelou que a doença era pouco mencionada, com a difteria, varíola e tuberculose dominando os medos da época. Contudo, a percepção sobre o câncer mudou drasticamente, sendo descrito por Susan Sontag como uma enfermidade que evoca sentimentos de repulsa e fatalidade.
Atualmente, os avanços na medicina, como a imunoterapia, que utiliza o sistema imunológico para combater a doença, e os testes genéticos, têm transformado o cenário do câncer. O câncer de mama, por exemplo, registrou um aumento significativo de casos, passando de 641 mil em 1980 para 2,3 milhões em 2023, com mortes subindo de 250 mil para 670 mil. Esses números, embora alarmantes, refletem um progresso no diagnóstico e tratamento, permitindo um olhar mais otimista sobre a doença.
Entretanto, uma nova preocupação surge: o aumento de casos de câncer entre jovens, possivelmente relacionado a hábitos alimentares e ao consumo de produtos processados. Pesquisadores estão investigando essa tendência, enfatizando a importância da clareza nas informações sobre a doença. A revista VEJA, ao longo de sua trajetória, tem se comprometido com a divulgação de dados precisos, essenciais tanto para médicos quanto para pacientes.
A evolução na percepção do câncer, que passou de um medo quase obsceno para um tema de discussão aberta, requer vigilância contínua. A luta contra a doença agora é vista sob a ótica do conhecimento e da prevenção, com a letalidade sendo cada vez mais controlada. O câncer, que antes era um tabu, deve ser encarado com seriedade e informação, refletindo a necessidade de um acompanhamento médico adequado e uma conscientização sobre os riscos associados a hábitos de vida.
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