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Desigualdades alarmantes na infância brasileira revelam desafios na saúde e educação

Desigualdades na infância no Brasil são alarmantes, com altas taxas de mortalidade e baixa cobertura vacinal, exigindo políticas urgentes e integradas.

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Por Revisado por: Time de Jornalismo Portal Tela
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Um estudo recente mostra que no Brasil há grandes desigualdades no acesso a serviços essenciais para crianças e adolescentes, o que é chamado de “loteria da vida”. O livro “A Primeira Infância e os Tribunais de Contas: Desigualdades” revela que a saúde infantil varia muito de acordo com a região. Santa Catarina e o Distrito Federal têm as menores taxas de mortalidade infantil, enquanto Roraima e Amapá têm taxas mais do que o dobro. A cobertura vacinal contra a poliomielite também é preocupante, com apenas 78% no país e estados como Amapá e Acre com taxas ainda mais baixas. O acesso à creche é desigual, especialmente nas regiões Norte e Nordeste, onde muitos crianças estão fora da escola. Além disso, a pesquisa destaca que a desigualdade racial é um problema sério, com a maioria das mortes maternas ocorrendo entre mulheres pretas e pardas. A Política Nacional Integrada para a Primeira Infância é vista como uma chance de melhorar essa situação, promovendo uma abordagem mais unificada e eficaz.

Desigualdade na infância expõe “loteria da vida” no Brasil

Um estudo divulgado em meados de março de 2024 revela disparidades alarmantes no acesso a serviços essenciais para crianças e adolescentes no Brasil. A segunda edição do livro “A Primeira Infância e os Tribunais de Contas: Desigualdades” aponta que o desenvolvimento infantil é fortemente influenciado pela origem familiar e pela região de nascimento, configurando uma “loteria da vida”.

Indicadores de saúde revelam disparidades regionais

A pesquisa demonstra desigualdades gritantes na saúde infantil. Santa Catarina e o Distrito Federal apresentam as menores taxas de mortalidade infantil, com 11,5 e 12,1 óbitos a cada mil nascidos vivos, respectivamente. Em contrapartida, Roraima e o Amapá registram taxas mais do que o dobro, com 23,6 e 21,9 óbitos a cada mil nascidos vivos.

Cobertura vacinal e risco de reintrodução da poliomielite

A baixa cobertura vacinal contra a poliomielite também preocupa. Em 2022, a taxa nacional foi de apenas 78%, um número considerado “extremamente” baixo. O estado com a menor cobertura é o Amapá, com 59%, seguido pelo Acre, com 60,2%. Especialistas alertam para o risco de reintrodução da doença, como já ocorreu em Israel.

Acesso à creche e o impacto do racismo

O acesso à creche também é desigual, com os maiores índices de crianças fora da escola concentrados nas regiões Norte e Nordeste. Acre (48%), Roraima (38%), Pará (35%) e Piauí (33%) lideram o ranking. Além disso, o estudo evidencia o impacto do racismo, com 64,3% dos bebês com baixo peso sendo pretos, pardos ou indígenas.

Mortalidade materna e a desigualdade racial

A desigualdade racial também se manifesta na mortalidade materna. Mulheres pretas e pardas respondem por 65% das mortes maternas no país, aquelas que ocorrem durante a gestação ou nos 42 dias após o parto. A pesquisa aponta que a desigualdade é resultado de políticas econômicas que priorizam o egoísmo e a competição.

PNIPI e a esperança de mudança

A implementação da Política Nacional Integrada para a Primeira Infância (PNIPI) é vista como uma oportunidade para reverter esse cenário. A intersetorialidade é considerada fundamental para superar a visão fragmentada e desarticulada que tem prevalecido até então.

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