Um novo estudo mostrou que aumentar em 10% a quantidade de alimentos ultraprocessados na dieta pode elevar em 3% o risco de morte prematura. Nos Estados Unidos, isso representa cerca de 124 mil mortes evitáveis por ano. A pesquisa analisou dados de oito países, incluindo o Brasil, e encontrou que o consumo de ultraprocessados está ligado a várias doenças, como obesidade e diabetes. Os ultraprocessados são alimentos prontos para consumo, que contêm poucos ingredientes naturais e muitos aditivos químicos. O estudo sugere que, em países com alto consumo desses produtos, até 14% das mortes poderiam ser evitadas se o consumo fosse reduzido. A pesquisa destaca a necessidade de políticas para desestimular o consumo de ultraprocessados e promover uma alimentação mais saudável.
Um novo estudo publicado no American Journal of Preventive Medicine revela que um aumento de 10% na ingestão de alimentos ultraprocessados está associado a um aumento de 3% no risco de morte prematura. A pesquisa, que analisou dados de oito países, incluindo o Brasil, estima que 124 mil mortes evitáveis ocorrem anualmente nos Estados Unidos devido a esse consumo.
Os pesquisadores, liderados por Eduardo Fernandes Nilson, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), destacam que o impacto do consumo de ultraprocessados vai além do alto teor de sódio, açúcares e gorduras saturadas. O estudo considera as alterações provocadas pelo processamento industrial e o uso de aditivos. A análise incluiu dados de países como Austrália, Canadá, Chile, Colômbia, México, Reino Unido e Estados Unidos.
Os ultraprocessados, que incluem produtos como refrigerantes, salgadinhos e refeições congeladas, têm substituído cada vez mais as refeições tradicionais. A pesquisa indica que, em países com alto consumo, como os Estados Unidos, quase 14% das mortes prematuras poderiam ser atribuídas a esses alimentos. Em contrapartida, países com menor consumo, como a Colômbia e o Brasil, apresentaram taxas de 4%.
Carlos Augusto Monteiro, coautor do estudo, ressalta que o aumento na ingestão de ultraprocessados está ligado a diversas doenças, como diabetes e doenças cardiovasculares. A pesquisa sugere que políticas globais são necessárias para desestimular o consumo desses produtos e promover dietas mais saudáveis, baseadas em alimentos frescos e minimamente processados.
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