A FDA anunciou que vai eliminar corantes sintéticos em alimentos para crianças, incentivando o uso de corantes naturais. Essa decisão vem após um aumento nas preocupações sobre a segurança dos corantes artificiais, que estão sendo banidos em vários estados, como a Califórnia e West Virginia. Os corantes naturais são feitos de vegetais, frutas, animais e minerais, e a FDA planeja aprovar novos corantes naturais, como extrato de Galdieria e flores de ervilha-butterfly. Embora os corantes naturais sejam considerados mais seguros, a mudança pode ser difícil para as indústrias, pois eles não têm a mesma estabilidade que os sintéticos e podem afetar a aparência e o custo dos produtos. Além disso, algumas pessoas podem ter reações alérgicas a corantes naturais, como o extrato de cochonilha, que deve ser rotulado. A transição para corantes naturais pode levar tempo e exigir mais recursos.
A Administração de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos (FDA) anunciou, em 22 de abril, planos para eliminar os corantes sintéticos da alimentação infantil, promovendo o uso de alternativas naturais. A decisão surge em meio a crescentes preocupações sobre os impactos desses corantes na saúde, incluindo riscos de câncer e problemas neurocomportamentais.
Os corantes sintéticos, como o vermelho número 40 e o amarelo número 5, são amplamente utilizados para tornar alimentos e bebidas mais atraentes. A FDA pretende trabalhar com a indústria para substituir esses corantes por opções derivadas de vegetais, frutas e minerais. O comissário da FDA, Marty Makary, enfatizou a necessidade de proteger a saúde das crianças, citando a crescente demanda de pais e médicos por ingredientes mais naturais.
Mudanças na Legislação
A decisão da FDA se alinha a mudanças legislativas em vários estados. Em outubro de 2023, a Califórnia baniu o vermelho número 3, seguido por restrições a outros corantes em alimentos escolares. West Virginia também aprovou uma lei abrangente que proíbe sete corantes e dois conservantes. Essas ações refletem um movimento crescente em direção à regulamentação mais rigorosa dos aditivos alimentares.
Embora alguns corantes naturais já sejam utilizados, a transição para alternativas pode ser desafiadora. A FDA planeja autorizar quatro novos corantes naturais e acelerar a revisão de outros, como extrato de Galdieria e flor de ervilha-butterfly. No entanto, a estabilidade e a variedade de cores oferecidas pelos corantes naturais podem não igualar as dos sintéticos, o que pode impactar a aceitação do consumidor.
Desafios da Indústria
A mudança para corantes naturais pode resultar em custos mais altos e desafios logísticos para os fabricantes. A produção de corantes naturais, como o extrato de cochonilha, requer grandes quantidades de matéria-prima, o que pode limitar a oferta. Além disso, a adaptação de produtos existentes pode levar de seis meses a um ano, segundo especialistas da Sensient Technologies Corp.
Apesar das dificuldades, a pressão por ingredientes mais saudáveis continua a crescer. A FDA e especialistas em nutrição acreditam que a substituição de corantes sintéticos por naturais é um passo importante para garantir a segurança alimentar, especialmente para as crianças.
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