Pesquisas recentes mostram que medicamentos como Ozempic e Wegovy, que contêm semaglutida, podem ajudar no tratamento de estágios avançados da doença hepática gordurosa, que afeta cerca de um em cada três adultos. Essa condição é caracterizada pelo acúmulo de gordura no fígado e pode levar a problemas graves, como cirrose. Um estudo publicado na revista The New England Journal of Medicine revelou que a semaglutida não apenas impede a progressão da doença, mas também pode reverter danos, reduzindo a inflamação em 63% dos pacientes tratados e melhorando a fibrose em 37% deles. O estudo envolveu 800 pessoas e mostrou que, após 72 semanas de tratamento, os que usaram semaglutida perderam em média 10,5% do peso, enquanto o grupo que recebeu placebo perdeu apenas 2%. Os pesquisadores destacam que esses resultados são promissores e abrem novas possibilidades de tratamento para uma doença que até agora tinha poucas opções. O ensaio clínico ainda está em andamento e busca entender melhor os efeitos do medicamento em diferentes estágios da doença. Além disso, há investigações sobre o uso da semaglutida em pacientes com danos hepáticos relacionados ao álcool, o que pode ajudar a controlar a compulsão por bebidas.
A semaglutida, presente em medicamentos como Ozempic e Wegovy, mostra resultados promissores no tratamento de estágios avançados da doença hepática gordurosa. Um estudo publicado na *The New England Journal of Medicine* revela que esses fármacos podem não apenas interromper a progressão da doença, mas também reverter danos, como inflamação e fibrose no fígado.
A pesquisa, conduzida por instituições como o King’s College London, envolveu oitocentos pacientes com doença hepática avançada. Após setenta e duas semanas de tratamento, 63% dos pacientes que receberam semaglutida apresentaram redução da inflamação, enquanto apenas 34% do grupo placebo tiveram melhora. Além disso, 37% dos tratados mostraram melhora na fibrose, em comparação a 22,4% no grupo controle.
A doença hepática gordurosa, que afeta cerca de um em cada três adultos, está associada a condições metabólicas como obesidade e diabetes. O acúmulo de gordura no fígado pode levar a complicações graves, como cirrose e câncer. Os pesquisadores destacam que a semaglutida, ao mimetizar hormônios que promovem a saciedade, pode ter efeitos benéficos além da perda de peso.
Philip Newsome, diretor do Instituto Roger Williams de Hepatologia, afirmou que os resultados são “extremamente promissores” e oferecem “uma esperança real” para pacientes em estágios avançados da doença. A pesquisa ainda está em andamento, com planos de incluir mais participantes e avaliar a eficácia em casos de cirrose.
Além disso, estudos futuros investigarão o uso da semaglutida em pacientes com danos hepáticos relacionados ao álcool, uma vez que esses medicamentos também podem influenciar o controle de compulsões. A expectativa é que esses avanços ampliem as opções terapêuticas para condições que atualmente carecem de tratamento eficaz.
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