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Estudo sueco associa tatuagens a risco elevado de linfoma, mas especialistas pedem cautela

Estudo sueco revela que tatuagens podem aumentar em 21% o risco de linfoma, especialmente nos primeiros anos. Cautela é recomendada.

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Por Revisado por: Time de Jornalismo Portal Tela
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Um estudo da Suécia revelou que pessoas com tatuagens podem ter um risco 21% maior de desenvolver linfoma, um tipo de câncer no sangue, especialmente nos primeiros anos após fazer a tatuagem. No entanto, ainda não se sabe se há uma relação direta entre as tatuagens e o câncer. O estudo, publicado na revista eClinicalMedicine, analisou dados de mais de 11 mil pessoas entre 20 e 60 anos, e mostrou que 21% dos pacientes com linfoma tinham tatuagens, em comparação com 18% do grupo sem a doença. Os pesquisadores notaram que o risco é maior nos primeiros dois anos após a tatuagem e aumenta após 11 anos. Especialistas pedem cautela ao interpretar os resultados, já que o linfoma é uma doença rara e os dados foram coletados de forma retrospectiva, o que pode gerar vieses. Além disso, a pesquisa sugere que a tinta das tatuagens pode conter substâncias que afetam o sistema imunológico, mas não encontrou ligação entre o tamanho da tatuagem e o risco de câncer. O estudo também levantou a hipótese de que a remoção de tatuagens a laser pode estar associada a um risco maior de linfoma, mas isso precisa ser investigado mais a fundo.

Um estudo inédito realizado na Suécia sugere que pessoas com tatuagens têm um risco 21% maior de desenvolver linfoma, um tipo de câncer no sangue. A pesquisa, publicada na revista *eClinicalMedicine*, analisou dados de mais de 11,9 mil pessoas entre 2007 e 2017, com idades entre 20 e 60 anos. Os resultados indicam que o risco é mais elevado nos primeiros dois anos após a tatuagem, com um aumento de 81% nesse período.

Os pesquisadores utilizaram questionários para identificar a presença de tatuagens entre os participantes. No grupo com linfoma, 21% dos pacientes tinham tatuagens, em comparação com 18% do grupo controle. Apesar da associação, a causalidade ainda não está comprovada, e especialistas pedem cautela na interpretação dos dados. “Gera muito mais uma pergunta do que chega a uma conclusão”, afirma o hematologista Guilherme Perini.

Importância do Monitoramento

Os médicos recomendam que pessoas tatuadas realizem checkups anuais para monitorar a saúde. O linfoma afeta os linfócitos, células que protegem o corpo de infecções, e se desenvolve principalmente nos linfonodos. A pesquisa também levantou preocupações sobre a composição das tintas utilizadas em tatuagens, que podem conter substâncias cancerígenas.

A autora principal do estudo, a epidemiologista Christel Nielsen, destacou que é necessário investigar mais a fundo a relação entre tatuagens e outros tipos de câncer. Embora o estudo tenha sido robusto, especialistas como Cícero Martins, do Instituto Nacional de Câncer (Inca), alertam que os dados podem estar “hiperestimados” e que a pesquisa deve ser avaliada com cautela.

Considerações Finais

Os pesquisadores da Universidade de Lund pretendem conduzir novos estudos para entender melhor a associação entre tatuagens e doenças inflamatórias. A Agência Europeia dos Produtos Químicos já limitou o uso de produtos químicos perigosos em tintas de tatuagem, e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no Brasil exige que os produtos registrados demonstrem segurança e eficácia. A pesquisa atual é um passo importante para compreender os efeitos a longo prazo das tatuagens na saúde.

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