Giovanna Collar, uma jovem cientista brasileira de 28 anos, ganhou uma bolsa para estudar na Universidade de Harvard, onde vai pesquisar o Alzheimer. Ela se inspirou na história de sua avó, que foi diagnosticada com a doença aos 50 anos. Formada em Biomedicina pela UFRGS, Giovanna já tem cinco anos de experiência em pesquisas sobre Alzheimer e recebeu prêmios importantes, como o “One to Watch” da Alzheimer’s Association International Conference. Na sua pesquisa de doutorado, ela investiga como algumas pessoas conseguem evitar a doença e acredita que o Alzheimer pode começar a se desenvolver muito antes da velhice, até mesmo durante a gestação. Giovanna e sua equipe descobriram que uma mutação em um gene pode ajudar a proteger contra o acúmulo de proteínas ligadas ao Alzheimer. No Brasil, a doença afeta 1,2 milhão de pessoas, e o número de casos está aumentando com o envelhecimento da população. Giovanna sonha em criar um instituto para estudar o Alzheimer e incentivar mais mulheres a seguir carreiras científicas, já que a participação feminina na ciência tem crescido, mas ainda enfrenta desafios.
Cientista brasileira ganha bolsa em Harvard para estudar Alzheimer
A cientista brasileira Giovanna Collar, de 28 anos, foi selecionada para uma bolsa de estudos na Universidade de Harvard. A pesquisa, que terá duração de nove meses, focará nos mecanismos de resiliência ao Alzheimer e sua relação com o neurodesenvolvimento. Giovanna é graduada em Biomedicina pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e atualmente cursa doutorado.
Inspirada pela experiência familiar com a doença, que afetou sua avó aos 50 anos, Giovanna já possui cinco anos de pesquisa na área. Ela recebeu mais de 15 bolsas para participar de conferências sobre patologias degenerativas e foi premiada com o título de “One to Watch” pela Alzheimer’s Association International Conference (AAIC).
Estudo sobre resiliência ao Alzheimer
Na pesquisa de doutorado, Giovanna investiga fatores que podem prevenir o desenvolvimento do Alzheimer. A hipótese é que a doença possa se manifestar muito antes da velhice, possivelmente durante o neurodesenvolvimento. A equipe de Giovanna identificou uma mutação no gene da relina, que pode proteger contra o acúmulo da proteína tau, um dos marcadores da doença.
Os dados preliminares indicam que participantes com essa mutação e sem acúmulo da proteína tau apresentam um declínio cognitivo mais lento. “A relina se torna um alvo promissor para continuarmos investigando”, afirma Giovanna, ressaltando que ainda há muito a ser explorado.
Cenário do Alzheimer no Brasil
Atualmente, o Alzheimer afeta 1,2 milhão de pessoas no Brasil, com 100 mil novos casos diagnosticados anualmente, segundo o Ministério da Saúde. A doença é a principal causa de demência no mundo e sua incidência deve aumentar com o envelhecimento da população. Giovanna destaca a importância de atividades que estimulem a mente, como palavras cruzadas, para a prevenção da doença.
A pesquisadora também sonha em criar um instituto especializado no estudo do Alzheimer, visando evitar a “fuga de cérebros” e incentivar a participação feminina nas ciências. A presença de mulheres na pesquisa brasileira cresceu 29% entre 2002 e 2022, mas a participação diminui em níveis mais altos da carreira. Giovanna acredita que é necessário valorizar o trabalho das pesquisadoras e garantir igualdade de oportunidades.
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