A Europa, especialmente o norte e o leste, está passando por uma seca incomum, enquanto a Península Ibérica teve um início de ano muito chuvoso. Desde fevereiro, países como Irlanda e Reino Unido enfrentam os meses mais secos em décadas, com previsões de que essa situação continue, o que pode prejudicar a agricultura e os ecossistemas. A corrente em chorro, que normalmente traz chuvas do Atlântico, mudou seu padrão, causando uma pressão alta sobre essas regiões e desviando as tempestades para o sul, onde a umidade é maior. Na França, por exemplo, a metade norte está muito seca, enquanto o sul ainda recebe chuvas. Em abril, as temperaturas também subiram, e algumas áreas registraram calor acima do normal. No Reino Unido, a primavera deste ano é a mais seca em 69 anos, e a situação é preocupante para a agricultura. Na Alemanha, a seca é a pior desde 1931, mas especialistas alertam que ainda não há estresse hídrico generalizado. A relação entre essa seca e o aquecimento global ainda é incerta, mas especialistas afirmam que eventos como esse podem se tornar mais comuns no futuro devido às mudanças climáticas.
A Europa, especialmente o norte e o leste, enfrenta um período de seca incomum desde fevereiro de 2025. Países como Irlanda e Reino Unido registram os meses mais secos em décadas, enquanto a Península Ibérica vive um cenário oposto, com chuvas acima da média. A corrente em chorro tem alterado os padrões de precipitação, resultando em um bloqueio de alta pressão que desvia as tempestades para o sul.
Os mapas da organização Copernicus mostram que a seca se intensificou, afetando ecossistemas e a agricultura. A situação é comparável à de 2018, quando a seca impactou fortemente a Alemanha, Dinamarca e Suécia. O coordenador do Observatório de Sequía de Copernicus, Andrea Toreti, alerta que a continuidade dessa tendência pode gerar impactos severos na produção agrícola.
Na França, a metade norte enfrenta um déficit hídrico significativo, com chuvas reduzidas em até 50% na Alta França. O mês de abril foi o quinto mais quente desde 1959, com temperaturas até 10 graus acima do normal. Em algumas regiões, como os Pirineus Orientais, há restrições para uso de água, enquanto no Reino Unido, a primavera é a mais seca em 69 anos.
O serviço meteorológico alemão reporta que a seca atual é a mais severa desde que os registros começaram, em 1931. Entre fevereiro e abril, a precipitação caiu 68% em relação à média histórica. Apesar da preocupação, especialistas como Andreas Brömser, do Deutscher Wetterdienst, afirmam que a umidade do solo mais profunda ainda está adequada devido às chuvas do ano anterior.
A situação requer monitoramento, especialmente em relação aos caudais dos rios, que já apresentam níveis baixos. O impacto da seca na agricultura e no transporte fluvial pode ser significativo se a tendência persistir. A análise do fenômeno e suas possíveis ligações com o aquecimento global ainda é incerta, mas eventos climáticos extremos estão se tornando mais frequentes na Europa.
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