O Colégio Americano de Obstetras e Ginecologistas (ACOG) lançou novas diretrizes que recomendam o uso de métodos para aliviar a dor durante a inserção de dispositivos intrauterinos (DIUs) e outros procedimentos ginecológicos. Essas orientações, publicadas em 15 de outubro, destacam a importância de reconhecer a dor das pacientes. Antes, o ACOG já sabia que esses procedimentos causavam dor, mas não fazia recomendações específicas por causa de evidências conflitantes. Agora, as diretrizes incluem o uso de cremes anestésicos, sprays e anestesia local injetável, como o bloqueio paracervical. Essa mudança foi motivada por um aumento nas queixas das pacientes nas redes sociais. Embora as evidências sobre a eficácia dos métodos ainda sejam limitadas, o ACOG enfatiza a necessidade de informar as pacientes sobre o que esperar e discutir as opções disponíveis, especialmente para aquelas com histórico de dor crônica ou que sofreram violência. Apesar do avanço, a implementação dessas diretrizes pode ser desafiadora, pois alguns métodos podem causar desconforto e a espera pela anestesia pode ser um momento delicado. Muitas pacientes acreditam que ter conhecimento sobre essas opções poderia ter melhorado suas experiências.
Uma nova diretriz do Colégio Americano de Obstetras e Ginecologistas (ACOG) recomenda, pela primeira vez, opções de alívio da dor durante a inserção de dispositivos intrauterinos (DIUs) e outros procedimentos ginecológicos. Publicadas em 15 de outubro, as diretrizes enfatizam a necessidade de não subestimar a dor sentida pelas pacientes.
Historicamente, o ACOG reconhecia a dor associada a esses procedimentos, mas evitava fazer recomendações devido a evidências conflitantes sobre a eficácia dos métodos de controle da dor. As novas orientações seguem as diretrizes do CDC sobre dor na inserção do DIU e abrangem também o manejo da dor em biópsias cervicais, biópsias endometriais e exames de imagem intrauterina.
Mudança de Postura
Para mitigar a dor, o ACOG agora sugere o uso de cremes anestésicos, sprays ou anestesia local injetável, como o bloqueio paracervical. Essa mudança reflete uma resposta ao aumento das reclamações de pacientes nas redes sociais e na mídia. Kristin Riley, obstetra e coautora das diretrizes, afirma que existe uma demanda real das pacientes por informações sobre opções de alívio da dor.
Embora as evidências sobre a eficácia dos métodos ainda sejam limitadas, o ACOG destaca a importância de orientar as pacientes sobre o que esperar e discutir as opções disponíveis. A organização também ressalta que populações vulneráveis, como aquelas com histórico de dor pélvica crônica ou vítimas de violência, devem receber atenção especial.
Desafios na Implementação
A atualização representa um avanço em uma área da medicina que frequentemente ignora a dor feminina. Ashley Jeanlus, ginecologista, destaca que o ACOG agora deixa claro que as pacientes devem ser tratadas com equidade e dignidade. Estudos mostram que profissionais de saúde muitas vezes subestimam a dor relatada por mulheres, o que pode ser influenciado por preconceitos de gênero.
Apesar das novas diretrizes, a implementação prática ainda enfrenta desafios. O bloqueio paracervical, por exemplo, pode ser desconfortável para algumas pacientes. Eve Espey, chefe do departamento de obstetrícia e ginecologia da Universidade do Novo México, observa que a espera para que a anestesia faça efeito pode ser um momento delicado para médicos e pacientes.
A conscientização sobre as opções de alívio da dor é um passo importante, e muitas pacientes, como Brianne Hwang, expressam que ter conhecimento prévio sobre essas alternativas poderia ter feito uma grande diferença em suas experiências.
Entre na conversa da comunidade