A degradação ambiental e as mudanças climáticas estão afetando comunidades tradicionais na Amazônia, dificultando o contato das crianças com a natureza e ameaçando sua cultura. A pedagoga Eliana Pojo, que estudou a vida no quilombo Tauerá-Açú, no Pará, destaca que as atividades aquáticas são essenciais para o desenvolvimento das crianças e para a preservação de saberes tradicionais. Em Altamira, o Projeto Aldeias busca restaurar laços comunitários após a remoção de moradores devido à Usina Hidrelétrica de Belo Monte. O projeto oferece oficinas e atividades na floresta, ajudando crianças e adolescentes a reconectar-se com o rio Xingu e a redescobrir sua identidade. A especialista Paula Magalhães aponta que as mudanças climáticas afetam não só o ambiente, mas também a saúde emocional das crianças, que enfrentam racismo ambiental e exclusão. O Projeto Aldeias também apoia famílias locais, oferecendo um espaço seguro para que as crianças tenham experiências educativas e significativas na natureza.
A degradação ambiental e as mudanças climáticas têm impactado severamente comunidades tradicionais na Amazônia, dificultando o contato das crianças com a natureza e ameaçando sua cultura. Uma pesquisa da pedagoga Eliana Pojo destaca a relevância dos rios no desenvolvimento infantil em comunidades ribeirinhas, enquanto o Projeto Aldeias, em Altamira, busca restaurar laços comunitários após a remoção de moradores devido à Usina Hidrelétrica de Belo Monte.
Crianças em risco enfrentam desafios diários em áreas ricas em biodiversidade. Para elas, a interação com o ambiente natural é fundamental para o desenvolvimento social e cultural. Pojo, que passou dois anos no quilombo Tauerá-Açú, em Abaetetuba, no Pará, observou que as atividades aquáticas são cruciais para fortalecer vínculos comunitários e preservar saberes tradicionais. Ela afirma que a degradação ambiental ameaça não apenas a saúde física das crianças, mas também seu bem-estar emocional.
Em Altamira, o Projeto Aldeias oferece oficinas e atividades de imersão na floresta para crianças e adolescentes. A ativista Daniela Silva, uma das fundadoras, relata que a construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte em 2016 resultou na remoção da comunidade, prejudicando a conexão com o rio Xingu. O projeto, iniciado em 2019, visa resgatar o pertencimento ao território amazônico e promover a interação com a natureza.
A saúde da natureza é vital para muitas cosmovisões indígenas e quilombolas. A especialista Paula Magalhães ressalta que as mudanças climáticas afetam não apenas o ambiente, mas toda a comunidade. As crianças, que antes tinham uma forte ligação com a natureza, agora enfrentam um cenário de racismo ambiental e exclusão. O Projeto Aldeias busca reverter essa situação, proporcionando um espaço seguro onde as crianças possam redescobrir sua identidade e a importância da Amazônia.
A iniciativa também serve como uma rede de apoio para famílias locais, especialmente após a perda de entes queridos. Daniela, que se preocupa com o futuro de seus sobrinhos, acredita que a conexão com a natureza é essencial para o desenvolvimento emocional e social das crianças. O projeto é financiado por doações e conta com uma equipe dedicada que trabalha para garantir que as crianças de Altamira tenham acesso a experiências significativas e educativas na floresta.
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