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Perfis anônimos de saúde no Instagram aplicam golpes a 42 milhões de seguidores

Estudo revela 69 contas dark no Instagram com 42 milhões de seguidores, que disseminam desinformação em saúde e aplicam golpes financeiros.

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Por Revisado por: Time de Jornalismo Portal Tela
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O Estadão Verifica encontrou 69 contas no Instagram que juntas têm 42 milhões de seguidores e espalham desinformação sobre saúde, além de aplicar golpes financeiros. Essas contas, que não mostram quem as criou, usam vídeos curtos com promessas de emagrecimento rápido para atrair pessoas. Elas operam em rede, compartilhando conteúdos semelhantes e usando nomes de usuários genéricos, muitas vezes femininos. As imagens são feitas por inteligência artificial e os vídeos chamativos servem para prender a atenção dos usuários. Especialistas afirmam que há uma ação coordenada, onde o engajamento é transformado em dinheiro, levando as pessoas a comprar produtos que nunca recebem. As contas publicam conteúdos apelativos sem fontes confiáveis e, em média, a cada três postagens, uma é uma promoção de produtos que custam entre R$ 10 e R$ 50. Muitas delas compartilham o mesmo número de WhatsApp, oferecendo receitas de emagrecimento e cupons de desconto, mas sem mostrar profissionais de saúde. Um pesquisador da FGV notou que a repetição de conteúdos e a colaboração entre perfis indicam que essas contas podem ser controladas por uma mesma pessoa. Além de ganhar com visualizações, elas promovem produtos que podem ser falsos. Uma seguidora contou que foi enganada ao comprar um colchão por meio de um perfil de saúde que parecia legítimo, mas desapareceu após o pagamento. Essas contas frequentemente compartilham links de sites que imitam plataformas de venda, mas que são fraudulentos. A empresa que faz a intermediação de pagamentos não se responsabiliza por fraudes, e a plataforma de venda afirma que investiga comportamentos inadequados. O Instagram está tentando melhorar suas tecnologias para combater fraudes e recomenda que os usuários denunciem conteúdos suspeitos. Essas contas aproveitam a vulnerabilidade das pessoas, oferecendo soluções rápidas para problemas de saúde, o que pode prejudicar a confiança nas instituições e afetar a saúde pública.

O Estadão Verifica identificou 69 contas dark no Instagram, que juntas somam 42 milhões de seguidores e monetizam desinformação em saúde, além de aplicar golpes financeiros. Essas contas, que não têm criadores visíveis, utilizam vídeos curtos com promessas de emagrecimento rápido e dicas de saúde para atrair usuários.

Essas páginas operam em rede, compartilhando conteúdos semelhantes e utilizando nomes de usuários genéricos, frequentemente femininos, como @ana.dicas.saudaveis. As imagens são geradas por inteligência artificial, e os vídeos sensacionalistas servem como isca para capturar a atenção dos usuários. Especialistas apontam que há uma ação coordenada, onde o engajamento é convertido em monetização, levando os usuários a comprar produtos que nunca são entregues.

Estruturas de Monetização

As contas dark publicam conteúdos apelativos sem fontes confiáveis, replicando vídeos virais em um ciclo contínuo. Em média, a cada três postagens, uma é uma promoção de produtos, geralmente com preços entre R$ 10 e R$ 50. Muitas contas compartilham o mesmo número de WhatsApp, oferecendo receitas de emagrecimento e cupons de desconto, mas sem identificação de profissionais de saúde.

O Verifica encontrou padrões de comportamento que indicam que essas contas podem pertencer a uma mesma pessoa. O pesquisador Ergon Cugler, da FGV, destaca que a repetição de conteúdos e a colaboração entre perfis são características de campanhas articuladas, que visam promover produtos e disseminar desconfiança em relação à ciência.

Golpes e Fraudes

Além de monetizar com visualizações, essas contas também promovem produtos que podem ser fraudulentos. Uma seguidora relatou ter sido enganada ao comprar um colchão por meio de um perfil de saúde, onde o site parecia legítimo, mas desapareceu após o pagamento. Os perfis frequentemente compartilham links de sites que imitam plataformas de venda, como a Shopee, mas que são fraudulentos.

A empresa Mangofy Tecnologia, que intermedia pagamentos, não se responsabiliza por fraudes, e a Shopee afirma que investiga comportamentos inadequados em seu programa de afiliados. A Meta, proprietária do Instagram, declarou que está aprimorando suas tecnologias para combater atividades fraudulentas e recomenda que os usuários denunciem conteúdos suspeitos.

Essas contas dark exploram a vulnerabilidade dos usuários, oferecendo soluções rápidas e milagrosas para problemas de saúde. A desinformação em saúde pode prejudicar a confiança nas instituições e impactar negativamente a saúde pública, conforme alertam especialistas.

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