O diretor do Instituto Albert Einstein, Alexandre Holthausen, afirmou que as faculdades de Medicina no Brasil precisam ter consequências mais claras para as que obtêm notas baixas no Enade, como o fechamento de cursos. Ele destacou que, além de punições, é necessário um plano de melhoria para alunos que não se saem bem nas avaliações. Holthausen criticou o Enade por não avaliar aspectos importantes da formação médica, como a formação humana e socioemocional, e ressaltou que apenas 40% dos cursos de Medicina têm notas consideradas boas. Ele também comentou sobre a necessidade de um sistema mais robusto para avaliar a qualidade das escolas médicas, já que o aumento no número de cursos, especialmente privados, levanta preocupações sobre a formação de médicos qualificados. Holthausen acredita que as faculdades não devem ser obrigadas a fixar médicos em áreas remotas, sugerindo que é mais importante oferecer condições adequadas para que esses profissionais queiram se estabelecer nessas regiões. Ele defendeu que a avaliação das escolas deve ter consequências, tanto para os alunos quanto para as instituições, e que é fundamental garantir a qualidade da formação médica para proteger os pacientes.
O aumento no número de cursos de Medicina no Brasil, especialmente no setor privado, levanta preocupações sobre a qualidade da formação médica. Alexandre Holthausen, diretor do Instituto Albert Einstein, defende que faculdades com notas baixas no Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade) devem enfrentar consequências, como o fechamento de cursos. Ele enfatiza a necessidade de um plano de melhoria para alunos mal avaliados.
Holthausen afirma que apenas 40% dos cursos de Medicina obtiveram notas 4 ou 5 no Enade de 2023, considerado ideal. A nota máxima foi alcançada por apenas seis instituições, incluindo o Albert Einstein. Para ele, o Enade é insuficiente para avaliar a qualidade da formação médica, pois não considera aspectos como formação humana e socioemocional.
O diretor destaca que, assim como um açougue que vende carne sem higiene deve ser fechado, faculdades que não oferecem formação adequada também devem ser responsabilizadas. O Ministério da Educação (MEC) já supervisiona graduações com conceitos insatisfatórios, podendo desativar cursos que não demonstram melhorias em até um ano.
Holthausen critica a expansão descontrolada de cursos de Medicina, que não necessariamente resulta em profissionais qualificados. Ele argumenta que a criação de faculdades não deve ser vista como solução para a escassez de médicos em regiões remotas, pois é necessário oferecer condições adequadas para que esses profissionais se fixem nessas localidades.
Entre na conversa da comunidade