O Censo Demográfico 2022 mostrou que 7,3% da população do Brasil, ou seja, 14,4 milhões de pessoas, têm algum tipo de deficiência. Dentre elas, 2,4 milhões foram diagnosticadas com Transtorno do Espectro Autista, um dado novo na pesquisa. A maioria das pessoas com deficiência são mulheres, totalizando 8,3 milhões, e a quantidade de pessoas com deficiência aumenta com a idade, especialmente após os 50 anos. Os dados também revelam que as taxas de analfabetismo são muito mais altas entre pessoas com deficiência, com 21,3% sendo analfabetos, o que é quatro vezes mais do que entre aqueles sem deficiência. Além disso, 63% das pessoas com deficiência acima de 25 anos não têm instrução ou têm apenas o ensino fundamental incompleto, enquanto apenas 7,4% completaram o ensino superior, em comparação com 19,5% entre pessoas sem deficiência. A inclusão escolar e a acessibilidade ainda são grandes desafios no Brasil, com menos de 20% das pessoas vivendo em ruas sem obstáculos e menos da metade das escolas e hospitais tendo rampas para cadeirantes. O IBGE observa que as mudanças nos critérios de classificação dificultam a comparação com dados anteriores, como os do Censo de 2010, que indicavam 45,6 milhões de pessoas com deficiência.
O Censo Demográfico 2022 revelou que 7,3% da população brasileira, equivalente a 14,4 milhões de pessoas, possui algum tipo de deficiência. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira, 23. Dentre essas, 2,4 milhões foram diagnosticadas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), um dado inédito na pesquisa.
A nova fase do Censo focou em perfis sociodemográficos e educacionais das pessoas com deficiência e diagnosticadas com TEA. Os números indicam que a maioria das pessoas com deficiência são mulheres, totalizando 8,3 milhões, e que a incidência de deficiências aumenta com a idade, especialmente entre aqueles com mais de 50 anos.
Desigualdades Educacionais
Os dados também revelam maiores taxas de analfabetismo entre pessoas com deficiência. A taxa de analfabetismo nesse grupo é quatro vezes maior do que entre aqueles sem deficiência, com 21,3% de analfabetos. Entre os indivíduos com 15 anos ou mais, 2,9 milhões são considerados analfabetos.
Além disso, a pesquisa aponta que 63% das pessoas com deficiência acima de 25 anos não têm instrução ou possuem apenas o ensino fundamental incompleto. Em contraste, apenas 7,4% completaram o ensino superior, comparado a 19,5% entre pessoas sem deficiência.
Acessibilidade e Inclusão
As dificuldades de inclusão escolar e acessibilidade permanecem um desafio no Brasil. Menos de 20% dos brasileiros vivem em ruas com calçadas livres de obstáculos, e menos da metade das escolas e hospitais têm rampas para cadeirantes. O envelhecimento acelerado da população pode aumentar a demanda por políticas públicas voltadas a essa parcela da sociedade nas próximas décadas.
O IBGE destaca que as mudanças nos critérios de classificação de deficiência dificultam a comparação com dados anteriores, como os do Censo de 2010, que apontavam 45,6 milhões de pessoas com deficiência. Essas alterações visam alinhar a pesquisa aos padrões do Grupo de Washington para Estatísticas sobre Pessoas com Deficiência.
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