O projeto GBB, que estuda o DNA de espécies ameaçadas no Brasil, vai apresentar seus primeiros resultados em Brasília. Até agora, foram coletadas 2.249 amostras e feitos 1.175 sequenciamentos, incluindo o genoma da macaca-caiarara, que está em risco de extinção. O projeto é uma parceria entre o ICMBio e o Instituto Tecnológico Vale, com apoio da mineradora Vale. A macaca-caiarara, que sobreviveu a um atropelamento, é um exemplo importante para o estudo. O genoma de referência ajuda a entender como a espécie vive e se adapta. Além disso, foram analisados 743 genomas de 413 espécies, com 23 sendo considerados de referência. O projeto também enfrenta desafios, como a dificuldade de coletar amostras da macaca-caiarara, que vive em áreas de difícil acesso. O GBB também coleta DNA ambiental para identificar a diversidade de espécies e busca alcançar 80 genomas de referência e mil genomas populacionais até o final. A macaca-caiarara poderá ajudar em programas de reprodução em cativeiro, contribuindo para a conservação da biodiversidade no Brasil.
O projeto GBB (Genômica da Biodiversidade Brasileira) será apresentado nesta terça-feira (27) na sede do ICMBio, em Brasília. A iniciativa visa sequenciar o DNA de espécies ameaçadas, com foco em conservação e bioeconomia. Até agora, foram coletadas 2.249 amostras e realizados 1.175 sequenciamentos, incluindo o genoma de referência da macaca-caiarara, espécie criticamente ameaçada.
O projeto, desenvolvido pelo ICMBio e pelo ITV DS (Instituto Tecnológico Vale Desenvolvimento Sustentável), conta com o apoio da mineradora Vale. A macaca-caiarara, que sobreviveu a um atropelamento, se tornou um exemplo emblemático para o projeto. “O genoma de referência é como um mapa genético completo, essencial para entender como a espécie vive e se adapta”, explica Amely Branquinho Martins, analista ambiental do ICMBio.
Entre os sequenciamentos, 743 genomas de 413 espécies foram analisados, com 23 considerados de referência. A dificuldade em amostrar a macaca-caiarara, que habita áreas de difícil acesso, destaca os desafios enfrentados pela equipe. O “Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção” não consegue estimar a população atual da espécie.
Desafios e Colaborações
O projeto também busca realizar uma genômica populacional, coletando amostras de diversas espécies. Até o momento, foram feitos 336 genomas populacionais de 11 espécies, incluindo a harpia e a saíra-apunhalada, ambas criticamente ameaçadas. “O trabalho em rede é fundamental para o sucesso do GBB”, afirma Guilherme Oliveira, diretor-científico do ITV DS.
Além das amostras de espécimes, o GBB investiga o DNA ambiental, coletando água, solo e outros materiais para identificar a diversidade de espécies em diferentes regiões. “Precisamos de referências genéticas para acessar a diversidade presente no ambiente”, destaca Oliveira. O projeto visa alcançar pelo menos 80 genomas de referência e mil populacionais até seu término.
A macaca-caiarara, agora referência genômica, poderá contribuir para um programa de manejo em cativeiro, visando a reprodução futura da espécie. O GBB representa um passo significativo na conservação da biodiversidade brasileira, unindo esforços de diversas instituições para proteger espécies ameaçadas.
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