A população de escorpiões, especialmente o escorpião amarelo, aumentou muito nas áreas urbanas do Brasil, com um crescimento de 250% entre 2014 e 2023. Em São Paulo, os moradores estão preocupados com o aumento de picadas, principalmente no bairro de Perdizes. Especialistas explicam que esse crescimento se deve à biologia dos escorpiões, que se reproduzem rapidamente e não têm predadores naturais nas cidades. As áreas urbanas oferecem abrigo, água e comida, como baratas, que são a principal fonte de alimento para eles. O escorpião amarelo pode ter até 22 filhotes por vez e se reproduz sem a necessidade de machos. Embora as picadas sejam raramente fatais, o número de acidentes é alto, com mais de 150 mil registros por ano no Brasil. Para evitar picadas, é importante manter os ambientes limpos e usar barreiras físicas, como telas e rodos nas portas. Se encontrar um escorpião, o ideal é matá-lo ou capturá-lo com segurança. Além disso, é fundamental cuidar dos pets, pois eles também podem ser afetados por picadas.
O aumento da população de escorpiões nas áreas urbanas do Brasil, especialmente em São Paulo, tem gerado preocupação entre os moradores. Em maio, o bairro de Perdizes registrou um aumento significativo de relatos de aparições e picadas do aracnídeo. Estudos da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade Estadual Paulista (Unesp) indicam um crescimento de 250% na população de escorpiões entre 2014 e 2023.
Os especialistas Rodrigo Hirata Willemart e Gabriel Pimenta Murayama explicam que a biologia dos escorpiões contribui para esse aumento. Uma única fêmea pode gerar até 2 mil filhotes em um ano. A falta de predadores naturais e a ineficácia das medidas de controle também são fatores que agravam a situação. Escorpiões podem sobreviver meses sem se alimentar, o que facilita sua proliferação.
As áreas urbanas oferecem condições ideais para os escorpiões, como água, alimento e abrigo. O acúmulo de lixo e o descarte inadequado atraem insetos, como baratas, que são a principal fonte de alimento para esses aracnídeos. O escorpião amarelo (Tityus serrulatus), a espécie mais comum nas cidades, se reproduz rapidamente e pode colonizar ambientes sem a presença de machos.
Os dados são alarmantes: mais de 150 mil acidentes com escorpiões são registrados anualmente no Brasil. Embora a taxa de mortalidade seja baixa, entre 0,03% e 0,1%, o número absoluto de vítimas é preocupante, especialmente entre crianças e idosos. Em caso de picadas, recomenda-se procurar um hospital imediatamente e evitar métodos caseiros de tratamento.
Para prevenir a entrada de escorpiões nas residências, especialistas sugerem medidas como a instalação de telas em ralos e rodos sob portas. Além disso, a limpeza regular do ambiente é essencial para reduzir a presença de insetos. Investimentos em pesquisa científica são necessários para desenvolver métodos eficazes de controle e prevenção.
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