Flúor é essencial para a saúde bucal e combate desinformação sobre seu uso

Um estudo da Faculdade de Odontologia de Bauru da Universidade de São Paulo (USP) revelou a existência de mais de 300 publicações falsas sobre o flúor, um mineral essencial para a saúde bucal. Essas informações errôneas associam o flúor a riscos à saúde, como a redução do QI em crianças. A fluoretação da água é obrigatória no Brasil desde mil novecentos e setenta e quatro.

O flúor é amplamente utilizado em água potável, pastas de dente e tratamentos odontológicos. Ele previne cáries e protege o esmalte dentário, especialmente durante a infância. A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) reconhece a segurança e eficácia do flúor. Apesar disso, um movimento contra o uso do flúor tem ganhado força, impulsionado por desinformação nas redes sociais.

A eficácia do flúor é comprovada, com estudos indicando que a fluoretação da água reduz em 25% a incidência de cáries na população. Entre os mitos disseminados, destaca-se a ideia de que o flúor pode reduzir o QI, mas essa associação só ocorre em níveis de exposição muito superiores aos recomendados, que são de até 1,5 mg/L.

Os pais frequentemente têm dúvidas sobre o uso de creme dental com flúor. A recomendação é iniciar a escovação com uma quantidade equivalente a um grão de arroz assim que o primeiro dente aparecer, duas vezes ao dia. A escovação deve ser supervisionada, e as crianças devem aprender a cuspir o creme dental sem enxaguar com água.

Mesmo em locais sem fluoretação, é possível garantir os benefícios do flúor com cremes dentais infantis. O verniz fluoretado pode ser aplicado após o nascimento do primeiro dente, repetindo-se de duas a quatro vezes ao ano até os cinco anos. A desinformação sobre o flúor representa um risco à saúde bucal, especialmente para as crianças. A ciência é clara: com uso correto e orientação profissional, o flúor é um aliado na infância.