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18 de jun 2025

Pressão arterial de 12 por 8 é considerada alta segundo novas diretrizes

Novas diretrizes da Sociedade Europeia de Cardiologia alertam para riscos cardiovasculares em pressões consideradas normais até então.

pressão arterial — Foto: Freepik/Reprodução

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Novas diretrizes da Sociedade Europeia de Cardiologia (ESC) redefinem a classificação da pressão arterial, considerando agora a faixa de 12 por 7 a 13 por 8 como "pressão elevada". Essa mudança, publicada recentemente, visa alertar sobre os riscos cardiovasculares associados a níveis que antes eram considerados normais.

A atualização das diretrizes reflete novas evidências científicas que indicam que mesmo pressões não hipertensivas podem aumentar o risco de doenças cardiovasculares. John William McEvoy, especialista do Instituto Nacional de Prevenção e Saúde Cardiovascular da Irlanda, destaca que a mudança busca mostrar que o risco é contínuo, não apenas binário entre normotensão e hipertensão.

A cardiologista Aurora Issa, do Instituto Nacional de Cardiologia, ressalta que quanto mais baixa a pressão arterial, melhor para a saúde cardiovascular. A nova categoria de pressão elevada é definida como pressão sistólica entre 120 e 139 mmHg ou diastólica entre 70 e 89 mmHg. A hipertensão permanece com valores iguais ou superiores a 140 mmHg para a sistólica e 90 mmHg para a diastólica.

No Brasil, as diretrizes atuais, que consideram 12 por 7 como normal, devem ser atualizadas em 2025, seguindo as orientações europeias. Fábio Argenta, membro da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), afirma que a mudança é um alerta, já que um terço da população acima de 20 anos é hipertensa.

As novas diretrizes também sugerem que pacientes em risco, como aqueles com histórico de infarto ou doenças coronarianas, devem receber tratamento mesmo na faixa de pressão elevada. A abordagem inicial envolve mudanças no estilo de vida, como parar de fumar e praticar exercícios. Se não houver melhora, o tratamento medicamentoso é indicado.

Além disso, as diretrizes europeias introduzem novos parâmetros para diagnóstico, que agora incluem medições domiciliares. A SBC já implementou essas orientações, que buscam evitar diagnósticos errôneos, como a hipertensão do avental branco, onde a pressão é elevada apenas em consultórios.

A Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial (MAPA) e a Monitorização Residencial da Pressão Arterial (MRPA) são métodos recomendados para diagnósticos mais precisos. A MAPA monitora a pressão a cada 20 minutos durante 24 horas, enquanto a MRPA é feita em casa, com medições em repouso.

Os especialistas alertam que a hipertensão é uma doença silenciosa, afetando um em cada três adultos globalmente, com muitos sem diagnóstico. No Brasil, embora 45% da população adulta tenha hipertensão, 62% estão em tratamento. A pressão alta pode levar a complicações graves, como doenças cardíacas e derrames, tornando essencial o controle adequado.

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