Um novo projeto do InovaHC vai testar a interoperabilidade entre hospitais e laboratórios, permitindo que médicos acessem prontuários médicos com a autorização dos pacientes. Os testes devem acontecer nos próximos 120 dias. A ideia é facilitar o atendimento, especialmente em emergências, quando o médico pode precisar de informações rápidas sobre o paciente. O projeto conta com a participação de instituições como o Sírio-Libanês e a Dasa, e busca integrar dados de saúde para melhorar a assistência e reduzir custos. O Ministério da Saúde está acompanhando a iniciativa, que pode ajudar na troca de dados entre os setores público e privado. No entanto, especialistas alertam sobre a importância de proteger os dados dos pacientes, destacando a necessidade de seguir a Lei Geral de Proteção de Dados para garantir que as informações sejam usadas corretamente. O projeto também envolve farmácias e operadoras de saúde, que poderão compartilhar dados importantes, como vacinas aplicadas. A interoperabilidade tem o potencial de transformar a gestão da saúde no Brasil, mas é preciso ter cuidado para proteger os direitos dos pacientes.
Interoperabilidade na Saúde: Projeto InovaHC em Fase de Testes
Um novo projeto liderado pelo InovaHC busca testar a interoperabilidade entre hospitais e laboratórios, permitindo o acesso a prontuários médicos com a autorização do paciente. Os testes estão previstos para os próximos 120 dias.
Imagine a situação de um paciente em uma emergência médica longe de casa. Com a interoperabilidade, o médico poderá acessar o prontuário completo do paciente, agilizando o atendimento. O projeto envolve hospitais privados, laboratórios e operadoras de planos de saúde, com a participação de instituições como Sírio-Libanês, Beneficência Portuguesa e Dasa.
Objetivos e Benefícios
A iniciativa visa integrar dados de saúde, permitindo que profissionais de diferentes instituições acessem informações essenciais. Marco Bego, diretor executivo do InovaHC, destaca que a interoperabilidade é uma demanda antiga do setor. Ele menciona que, em projetos anteriores, como o atendimento remoto a comunidades indígenas, a falta de compartilhamento de dados dificultou o atendimento.
A Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp) também está envolvida, com Antônio Britto ressaltando que a falta de integração de dados gera desperdícios. A interoperabilidade pode melhorar a assistência e reduzir custos, segundo Daniel Greca, do Sírio-Libanês.
Acompanhamento e Preocupações
O projeto é monitorado pelo Ministério da Saúde, que vê a iniciativa como um potencial hub para a troca de dados entre saúde pública e privada. Ana Estela Haddad, secretária de Informação e Saúde Digital, acredita que uma plataforma comum beneficiará tanto pacientes quanto profissionais de saúde.
Entretanto, especialistas como Marina Paullelli, do Idec, alertam para a necessidade de proteger os dados dos pacientes. O uso inadequado das informações pode levar a práticas abusivas. A regulamentação da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) é fundamental para garantir que os dados sejam utilizados apenas com consentimento e para fins de atendimento médico.
O projeto também inclui a participação de redes de farmácias e operadoras de saúde, que podem compartilhar dados relevantes, como vacinas aplicadas. A interoperabilidade promete transformar a gestão da saúde no Brasil, mas requer cautela para proteger os direitos dos pacientes.