Uma pesquisa recente mostrou que comunidades indígenas, como os Tsimane da Bolívia e os Orang Asli da Malásia, não têm o mesmo aumento de inflamação com a idade que é comum em sociedades industrializadas. O estudo, publicado na revista Nature Aging, analisou quase 3 mil adultos de quatro países e revelou que, enquanto a inflamação cresce nas populações industrializadas, isso não acontece entre os grupos indígenas. Os pesquisadores examinaram amostras de sangue e descobriram que a inflamação está ligada a doenças como diabetes e problemas cardíacos, que são raras entre os Tsimane e os Orang Asli. Isso leva os cientistas a repensar a ideia de que a inflamação é uma parte inevitável do envelhecimento. Os resultados sugerem que o ambiente e o estilo de vida podem influenciar como envelhecemos, indicando que a inflamação crônica pode ser um problema específico de sociedades industrializadas.
Uma pesquisa recente revelou que comunidades indígenas, como os Tsimane da Bolívia e os Orang Asli da Malásia, não apresentam a mesma relação entre inflamação crônica e envelhecimento observada em sociedades industrializadas. O estudo, publicado na revista *Nature Aging*, analisou quase 3 mil adultos em quatro países, desafiando a visão predominante sobre a inflamação e o envelhecimento.
Os pesquisadores examinaram amostras de sangue de participantes da Itália e de Cingapura, além dos grupos indígenas. Os resultados mostraram que, enquanto a inflamação aumentava com a idade nas populações industrializadas, isso não ocorria entre os Tsimane e os Orang Asli. Thomas McDade, antropólogo biológico da Universidade Northwestern, afirmou que essa descoberta sugere que a ideia de que a inflamação é uma parte inevitável do envelhecimento pode não ser verdadeira.
O estudo analisou oito proteínas ligadas à inflamação, conhecidas como citocinas, e sua relação com doenças como diabetes e problemas cardíacos. Essas condições são raras entre as populações indígenas, o que leva os pesquisadores a reconsiderar a universalidade dos efeitos da inflamação. Alan Cohen, coautor do estudo, destacou que as conclusões baseadas em populações ocidentais podem não se aplicar a outros contextos.
Esses achados abrem novas perspectivas sobre como o ambiente e o estilo de vida influenciam os processos biológicos do envelhecimento. A pesquisa sugere que a inflamação crônica, frequentemente associada a doenças em sociedades industrializadas, pode ser um fenômeno específico dessas populações, levando a um repensar das estratégias de saúde pública e envelhecimento.
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