Demodex mites são pequenos ácaros que vivem na pele humana e, geralmente, não causam problemas. Eles se alimentam de óleos da pele e costumam ser mais ativos à noite. Embora a maioria das pessoas não perceba a presença desses ácaros, eles podem se multiplicar em pessoas com o sistema imunológico fraco, levando a problemas de pele como rosácea e acne. Recentemente, pesquisadores descobriram que esses ácaros podem estar em um processo de extinção evolutiva. Isso acontece porque eles têm pouca diversidade genética e não enfrentam predadores ou ameaças externas. Com o tempo, isso pode levar ao desaparecimento dos demodex. Apesar de serem frequentemente vistos como causadores de problemas, especialistas afirmam que o verdadeiro problema é um sistema imunológico comprometido. Portanto, é importante cuidar da pele e manter uma boa higiene, mas não há necessidade de se preocupar excessivamente com esses ácaros.
Demodex mites, organismos microscópicos que habitam a pele humana, podem estar enfrentando um processo de extinção evolutiva. A descoberta foi feita por pesquisadores da Universidade de Reading, que identificaram a falta de diversidade genética e a ausência de predadores como fatores que contribuem para essa situação.
Esses ácaros, medindo entre 0,15 e 0,4 milímetros, vivem nos folículos capilares e se alimentam de secreções oleosas. Durante a noite, eles se tornam ativos, mas permanecem invisíveis a olho nu. Segundo a professora de biologia invertebrada Alejandra Perotti, esses organismos são mais benéficos do que prejudiciais, ajudando a limpar os poros em troca de melatonina, um hormônio que os alimenta.
Entretanto, em indivíduos com o sistema imunológico comprometido, como idosos ou pacientes em tratamento quimioterápico, a população de demodex pode crescer descontroladamente, resultando em condições como demodicoses. O professor de medicina Richard Locksley explica que a inflamação causada por esses ácaros pode levar a problemas de pele, como rosácea e acne.
Extinção e Implicações
Perotti alerta que a extinção dos demodex pode ocorrer devido à erosão do genoma, resultante da vida simbiôntica e da falta de diversidade genética. Sem predadores ou ameaças externas, esses ácaros não enfrentam pressões seletivas, o que pode levar à sua eventual extinção.
A pesquisa sugere que, à medida que os demodex desaparecem, os humanos podem se adaptar a viver sem eles. Perotti enfatiza que a responsabilidade por problemas de pele não deve ser atribuída aos ácaros, mas sim a um sistema imunológico debilitado.
Para a maioria das pessoas saudáveis, não há motivo para preocupação. Manter uma rotina de higiene adequada e consultar um dermatologista em caso de irritações é recomendado. Em 2023, a Administração de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos aprovou colírios medicados para tratar inflamações relacionadas aos demodex, oferecendo novas opções de tratamento.
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