O Brasil vai incorporar a vacina Abrysvo, da Pfizer, contra o vírus sincicial respiratório (VSR) no Sistema Único de Saúde (SUS). A decisão foi anunciada pelo Ministério da Saúde após recomendação da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec) no dia 13 de fevereiro. A vacina, aprovada pela Anvisa em abril de 2023, […]
O Brasil vai incorporar a vacina Abrysvo, da Pfizer, contra o vírus sincicial respiratório (VSR) no Sistema Único de Saúde (SUS). A decisão foi anunciada pelo Ministério da Saúde após recomendação da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec) no dia 13 de fevereiro. A vacina, aprovada pela Anvisa em abril de 2023, será incluída no Calendário Nacional de Vacinação da Gestante e deve ser aplicada entre o segundo e o terceiro trimestre da gravidez, visando proteger os recém-nascidos.
Estudos clínicos mostraram que a vacina reduz em 81,8% os casos graves de doença respiratória nos primeiros três meses de vida e em 69,4% após seis meses. A Sociedade Brasileira de Imunizações e a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia já recomendam a vacina, que no setor privado custa até R$ 1.692,54. A expectativa é que a inclusão no SUS beneficie cerca de 2 milhões de nascidos vivos, enquanto a cobertura vacinal pode evitar aproximadamente 44 mil internações anuais.
Além da vacina, o Ministério da Saúde também vai incorporar o anticorpo monoclonal nirsevimabe, conhecido como Beyfortus, que oferece proteção imediata contra o VSR. Este medicamento é destinado a bebês prematuros e crianças com comorbidades, ampliando a proteção para mais 300 mil crianças. Atualmente, a única opção disponível no SUS era o palivizumabe, restrito a prematuros extremos e crianças com doenças pulmonares crônicas.
Dados da Secretaria de Atenção Primária à Saúde indicam que o VSR é responsável por cerca de 80% dos casos de bronquiolite em crianças menores de dois anos. Em 2024, o Brasil registrou 83,6 mil casos de síndrome respiratória aguda grave, com 27 mil causados pelo VSR. A introdução dessas tecnologias representa um avanço significativo na proteção infantil e na redução da pressão sobre o sistema de saúde durante os períodos de alta circulação do vírus, conforme destacou a ministra da Saúde, Nísia Trindade.
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