O Brasil enfrenta um desafio urgente em relação aos indicadores de vacinação. Em 2024, apenas três das dezenove vacinas do calendário infantil atingiram a meta de cobertura, conforme dados do Ministério da Saúde. As vacinas que alcançaram a meta foram a BCG (tuberculose), a tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) e o reforço contra poliomielite. […]
O Brasil enfrenta um desafio urgente em relação aos indicadores de vacinação. Em 2024, apenas três das dezenove vacinas do calendário infantil atingiram a meta de cobertura, conforme dados do Ministério da Saúde. As vacinas que alcançaram a meta foram a BCG (tuberculose), a tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) e o reforço contra poliomielite. Apesar disso, entre janeiro e novembro, houve um aumento na cobertura de quinze vacinas, com doze delas apresentando uma taxa maior de vacinação em 2024 do que em todo o ano anterior.
A tríplice viral, por exemplo, teve a meta da segunda dose cumprida em 2.408 municípios, representando um aumento de 180% em relação a 2022. A vacina oral contra poliomielite também teve um crescimento significativo de 93%. Contudo, como destacou Isabella Ballalai, diretora da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), é crucial que a cobertura vacinal seja ampliada para todas as vacinas, a fim de evitar riscos de surtos de doenças.
A hesitação vacinal no Brasil não é o maior obstáculo, uma vez que nove em cada dez brasileiros reconhecem a importância das vacinas, segundo pesquisa do Conselho Nacional do Ministério Público. No entanto, um quarto dos entrevistados expressa desconfiança em relação aos imunizantes, evidenciando a necessidade de campanhas de esclarecimento. Apenas 46% dos participantes se consideram bem informados sobre o calendário vacinal, e a logística de distribuição das vacinas continua a ser um desafio, especialmente em um país de grandes dimensões.
Para melhorar a cobertura vacinal, Eder Gatti, presidente do Programa Nacional de Imunizações (PNI), sugere que as escolas desempenhem um papel fundamental. Entre abril e maio, crianças e adolescentes com menos de 15 anos matriculados em instituições de ensino serão vacinados em todo o país. À medida que as coberturas se aproximam das metas, é essencial que os governos intensifiquem as ações nos municípios com baixa vacinação, promovendo a imunização em locais de grande circulação e buscando ativamente aqueles que ainda não foram vacinados.
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