23andMe enfrenta crise de privacidade e orienta usuários sobre exclusão de dados pessoais

A situação da 23andMe, empresa de testes de DNA, se deteriorou após a saída de todos os membros do conselho, exceto a CEO Anne Wojcicki, em meio a planos de tornar a companhia privada. A empresa também enfrenta as consequências de uma violação de segurança que expôs dados pessoais de cerca de 5,5 milhões de clientes em outubro do ano passado. O modelo de negócios da 23andMe envolve a coleta de amostras de saliva, que são analisadas para gerar relatórios genéticos personalizados sobre saúde e ancestralidade.

Com a incerteza sobre o futuro da empresa, ativistas de privacidade estão aconselhando os usuários a deletarem suas contas. Meredith Whittaker, presidente da plataforma de mensagens Signal, alertou no X que, se qualquer membro da família tiver dado seu DNA à 23andMe, é prudente fechar a conta. Jason Kelley, diretor de ativismo da Electronic Frontier Foundation, destacou que a venda da empresa poderia comprometer a segurança dos dados dos usuários, mesmo com as proteções atuais.

A 23andMe afirmou que possui robustas proteções de privacidade e não compartilha dados sem consentimento. No entanto, a exclusão de dados é permanente e alguns dados, como informações genéticas e de identificação, serão retidos para cumprir obrigações legais. A empresa não fornece detalhes sobre quais informações são mantidas após a exclusão, e dados utilizados em pesquisas não podem ser removidos de estudos em andamento.

Para deletar a conta, os usuários devem acessar as configurações, selecionar a opção de exclusão e confirmar o pedido por e-mail. Além disso, ao deletar a conta, a amostra de saliva será destruída, caso o usuário tenha optado por isso. Para aqueles que desejam manter seus dados genéticos, é possível baixá-los e transferi-los para outros serviços de DNA, embora a 23andMe não suporte uploads de dados de outras plataformas.