Tecnologia

Cientistas encontram pistas sobre o 'gêmeo perdido' do Sol na Via Láctea

Estudos recentes indicam que o Sol pode ter sido parte de um sistema binário. A Nuvem de Oort pode conter evidências da existência de uma estrela companheira. O Observatório Vera Rubin, que inicia operações em 2025, pode confirmar essas hipóteses. A presença de uma estrela gêmea poderia ter influenciado a formação de planetas. A busca pela "irmã gêmea" do Sol revela implicações para a vida em exoplanetas.

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O Sol pode ter tido um irmão gêmeo, muito tempo atrás. Mas para onde ele foi? (Foto: Getty Images via BBC)

O Sol, estrela central do nosso Sistema Solar, é considerado um "nômade isolado" na Via Láctea, orbitando um dos braços da galáxia a cada 230 milhões de anos. A estrela mais próxima, Proxima Centauri, está a 4,2 anos-luz de distância, o que significa que mesmo a espaçonave mais rápida levaria mais de 7 mil anos para alcançá-la. A predominância de estrelas binárias, que orbitam em pares, sugere que o nosso Sol pode ser uma anomalia, já que a maioria das estrelas na galáxia parece ter companheiras.

Pesquisas recentes indicam que o nosso Sol poderia ter pertencido a um sistema binário no passado. A astrofísica Gongjie Li menciona que "é muito interessante" considerar essa possibilidade, já que a presença de uma estrela gêmea poderia ter alterado a órbita da Terra, tornando-a inóspita. As estrelas binárias mais próximas são Alpha Centauri A e B, que orbitam a 3,6 bilhões de quilômetros de distância entre si. A ideia de uma estrela hipotética chamada Nêmesis, que poderia ter acompanhado o Sol, foi proposta em 1984, mas não foi confirmada.

Estudos de formação estelar, como os realizados por Sarah Sadavoy, sugerem que estrelas se formam frequentemente em pares, através de um processo chamado fragmentação. Isso levanta a hipótese de que todas as estrelas poderiam ter nascido como binárias. Em 2020, o astrofísico Amir Siraj propôs que a Nuvem de Oort, uma região de cometas além de Plutão, poderia conter evidências de uma estrela companheira do Sol. A presença de um planeta maior, como o hipotético Planeta Nove, também poderia ser explicada por essa interação gravitacional.

Embora a ideia de uma estrela gêmea do Sol seja intrigante, a busca por evidências concretas é desafiadora. O astrofísico Konstantin Batygin argumenta que a existência da Nuvem de Oort pode ser explicada sem a necessidade de uma companheira binária. A inclinação do Sol em relação ao plano do Sistema Solar, de cerca de sete graus, pode ser um indício de uma estrela companheira no passado. Com o novo Observatório Vera Rubin, que começará a operar em 2025, os cientistas esperam obter mais dados sobre a formação e a dinâmica do nosso Sistema Solar, buscando sinais de que o Sol pode ter tido uma irmã gêmea.

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