13 de abr 2025
Blue Origin leva seis mulheres ao espaço em missão de turismo suborbital
Blue Origin levará seis mulheres ao espaço em uma missão suborbital, intensificando a disputa com a Virgin Galactic sobre a definição de espaço e o status de astronauta. A missão, que durará cerca de dez minutos, atingirá mais de 100 quilômetros de altitude, mas a controvérsia persiste: quando exatamente os passageiros podem ser considerados astronautas? A definição de espaço varia entre organizações, com a Kármán line, situada a 100 quilômetros, sendo a mais reconhecida. A NASA e a Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA) utilizam 81 quilômetros para conceder o título de astronauta. Blue Origin argumenta que suas viagens ultrapassam essa linha, enquanto a Virgin Galactic não chega a essa altitude, mas ainda assim supera os 81 quilômetros. A discussão sobre o que caracteriza um astronauta é complexa. A FAA, por exemplo, já concedeu asas de astronauta a pilotos que atingiram altitudes superiores a 81 quilômetros, mas descontinuou essa prática em 2021. O ex astronauta da NASA, Terry Virts, comentou que a designação de astronauta não deve ser uma questão de ciúmes, mas sim de experiência e contexto. A experiência de peso zero, que muitos associam a voos espaciais, ocorre em altitudes relativamente baixas, como as que Blue Origin e Virgin Galactic operam. A sensação de gravidade zero é resultado da energia gerada pelo foguete, que se equilibra com a gravidade da Terra, permitindo que os passageiros experimentem breves momentos de flutuação. A definição de espaço é ainda mais complicada por fatores atmosféricos. A Kármán line, por exemplo, pode variar entre 84 e 100 quilômetros devido à dinâmica da atmosfera. Enquanto a Federação Aeronáutica Internacional mantém a definição de 100 quilômetros, outros especialistas sugerem que a linha pode ser mais próxima de 88 quilômetros, com base no comportamento de veículos espaciais. A discussão sobre a definição de espaço e o que significa ser um astronauta continua a evoluir, especialmente com o crescimento do turismo espacial. A busca por normas e definições claras é essencial à medida que mais pessoas se aventuram no espaço.
JUSTIN HAMEL/NYTNS/JUSTIN HAMEL/The New York Times (Foto: JUSTIN HAMEL/The New York Times)
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A Blue Origin levará um grupo de seis mulheres ao espaço na segunda-feira, em uma missão suborbital que durará cerca de dez minutos. O voo atingirá mais de 100 quilômetros de altitude, proporcionando alguns minutos de gravidade zero antes do retorno. A definição de "espaço" gera debate, especialmente entre a Blue Origin e a Virgin Galactic, que utilizam diferentes critérios para determinar a fronteira do espaço.
A Kármán line, situada a 100 quilômetros, é a referência mais conhecida, enquanto a NASA e a FAA consideram 81 quilômetros como o limite para o status de astronauta. A Blue Origin argumenta que seus voos são mais legítimos, já que ultrapassam a Kármán line, enquanto a Virgin Galactic não chega a essa altitude, alcançando até 88,5 quilômetros. A disputa entre as empresas se intensifica, especialmente em relação ao reconhecimento de seus passageiros como astronautas.
A experiência de gravidade zero durante o voo da Blue Origin ocorre no apogeu, onde a força gravitacional é equilibrada pela energia do foguete. Isso contrasta com a experiência de astronautas na Estação Espacial Internacional, que permanecem em microgravidade por longos períodos devido à sua órbita. Apesar das diferenças, a definição de astronauta não exige que se alcance a órbita, e pilotos que voaram acima de 81 quilômetros já foram reconhecidos como tal.
A discussão sobre a definição de espaço é complexa e varia entre especialistas. Alguns sugerem que a altitude de 88 quilômetros pode ser mais precisa, com base no comportamento de veículos espaciais em reentrada. A falta de um consenso claro sobre a fronteira do espaço reflete a evolução da tecnologia e a necessidade de normas para a exploração espacial comercial.
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