Pesquisadores do Instituto Leibniz de Astrofísica de Potsdam criaram um novo sistema de câmeras que captura imagens do Sol em 8K, mostrando detalhes que nunca foram vistos antes. As imagens foram publicadas na revista Solar Physics e foram feitas com o Telescópio de Torre de Vácuo, que está em funcionamento desde 1988 na Espanha. O sistema registrou 100 imagens a 25 quadros por segundo, permitindo observar estruturas ativas na superfície solar com uma resolução de até 100 km. Essa nova tecnologia eliminou interferências atmosféricas, ampliando o campo de visão para 200 mil km, enquanto telescópios maiores costumam capturar apenas 75 mil km. As imagens também ajudarão a criar gravações em lapso de tempo, analisando processos solares em intervalos de 20 segundos. Os cientistas notaram pequenas assinaturas de campo magnético e a atividade do plasma em diferentes camadas da atmosfera solar. Futuras aplicações do sistema estão previstas para telescópios solares maiores, melhorando ainda mais as observações.
Um novo sistema de câmeras desenvolvido por pesquisadores do Instituto Leibniz de Astrofísica de Potsdam (AIP) possibilitou a captura de imagens do Sol em 8K, revelando detalhes sem precedentes de regiões ativas da sua superfície. As imagens foram publicadas na revista Solar Physics em 9 de maio.
O Telescópio de Torre de Vácuo (VTT), em operação desde 1988 em Tenerife, na Espanha, foi utilizado para registrar 100 imagens com resolução de 8.000 x 6.000 pixels a 25 quadros por segundo. Essa técnica de restauração permitiu alcançar uma resolução espacial teórica de até 100 km na superfície solar, permitindo a observação de estruturas ativas, como movimentos de plasma e manchas solares.
Avanços na Observação Solar
Com a nova tecnologia, os cientistas conseguiram eliminar as interferências atmosféricas, revelando áreas de 200 mil km, ou 1/7 do diâmetro do Sol. Em comparação, grandes telescópios normalmente capturam imagens de apenas 75 mil km de diâmetro. Rolf Schlichenmaier, do Instituto de Física Solar (KIS), destacou a importância de investigar a evolução do campo magnético solar para entender melhor a atividade solar.
As imagens restauradas serão utilizadas para criar gravações em lapso de tempo, permitindo a análise de processos solares em escalas de 20 segundos. Robert Kamlah, responsável pelo projeto, afirmou que as expectativas em relação ao sistema de câmeras foram superadas desde o início.
Aplicações Futuras
Os pesquisadores também identificaram minúsculas assinaturas de campo magnético, visíveis em conjunto com estruturas brilhantes nas imagens. Além disso, observaram a atividade do plasma em duas camadas da atmosfera solar, a fotosfera e a transição para a cromosfera.
Futuras aplicações do sistema de câmeras de baixo custo estão previstas para telescópios solares de 4 metros, aumentando o campo de visão dos atuais sistemas de 4K. O novo sistema complementa outros instrumentos do VTT, como o Espectrógrafo de referência absoluta a laser (LARS) e o Espectrógrafo universal multilinha rápido (FaMuLUS). Carsten Denker, chefe da Seção de Física Solar do AIP, comentou sobre a inovação trazida ao telescópio, destacando a colaboração com parceiros para aprimorar as capacidades de observação.
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